Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
ALMEIDA, Laís Barros Falcão de |
Orientador(a): |
JANOTTI JUNIOR, Jeder Silveira |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Comunicacao
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38873
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Resumo: |
Nos anos 1960 e 1970, a MPB (Música Popular Brasileira) assumiu uma posição central nas discussões sobre música no Brasil. Mas desde a metade da década de 1980 que a MPB divide esse posto central com outras expressões musicais brasileiras, continuando a possuir um lugar de destaque nessas discussões. Nas primeiras décadas dos anos 2000, o debate sobre MPB voltou a ter força com a internet, web, e mídias sociais, com o que a imprensa brasileira denominou Nova MPB. As tecnologias de informação e comunicação tiveram um papel importante na transformação dos debates sobre música. A descentralização da informação, somada a grande produção e disseminação de conteúdo, bem como o desenvolvimento de recursos na busca por cada vez mais participação do usuário nessas plataformas, construiu um cenário atual de desordem informacional, que torna os debates também fragmentados, complexos e caóticos, o que intensificou as incertezas sobre a sigla. O objetivo desta tese é propor uma abordagem teórica e utilizar metodologias que procurem dar conta da pesquisa sobre MPB nas ambientações digitais do século XXI. A abordagem teórica apresentada foi incluir as noções de controvérsias e redes nos estudos da MPB, sendo as controvérsias uma forma de exploração da sigla como debate público e coletivo. Nesta direção, a metodologia ampla chamada de “cartografia digital de controvérsias musicais”, reuniu métodos cartográficos com métodos digitais de pesquisa pela internet, usando ferramentas digitais online, softwares e o site-controvérsia, principalmente as abordagens metodológicas Cartografia de Controvérsias e Análise de Redes Sociais. Essas propostas foram colocadas em prática e testadas em uma controvérsia da MPB: a Nova MPB. Os resultados da pesquisa foram a contextualização, o mapeamento, a análise e o registo da Nova MPB, a partir de literatura científica, textos jornalísticos, declarações e opiniões variadas. Foi possível mostrar como essa controvérsia ganhou amplitude e foi fragmentada em rede, sendo propagada em diferentes sites de organizações jornalísticas, sites de música, blogs, e várias plataformas digitais, dentre elas os sites de redes sociais, envolvendo pontos de vistas diferentes, e lançando várias discussões relevantes, principalmente sobre o que é considerado “novo” na MPB. O “novo” entra na MPB de várias formas, muitas vezes a partir da ideia de geração, e o que foi considerado “novo” na Nova MPB foi fruto da tradução cultural dos jornalistas da imprensa brasileira, sobretudo da imprensa paulistana, que acabaram transformando a Nova MPB em uma subcategoria da MPB. |