Cultura religiosa protestante e rendimento escolar nas camadas populares: um estudo sobre práticas socializadoras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Montezano, Maria de Lourdes da Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-20062007-111410/
Resumo: Este estudo trata da relação de afinidade entre a religião, a família e a escola e suas influências no desempenho escolar de alunos provenientes das chamadas \"classes populares\". Com base em entrevistas, realizadas em uma escola pública da periferia da cidade de São Paulo, investiga-se o estilo de vida de famílias de alunos protestantes, que apresentaram um rendimento escolar favorável no ensino fundamental. Para tanto, utiliza-se, como referência, o consumo, considerado em termos de práticas culturais relacionadas às demandas escolares. Analisa-se a articulação entre as práticas socializadoras da religião protestante, da escola e das famílias protestantes entrevistadas, a partir das afinidades eletivas entre elas, com o objetivo específico de determinar disposições de habitus que contribuem para que o aluno apresente um rendimento escolar favorável. Demonstra-se, por meio de evidências empíricas, baseadas nas observações de campo e no discurso dos informantes, que o êxito escolar de alunos protestantes apresenta-se associado a um feixe de situações socializadoras, uma vez que tal êxito não se deve apenas ao fato da pertença religiosa protestante, mas ao modo como as famílias se relacionam com a religião. Dessa forma, focaliza-se o êxito no rendimento escolar dos alunos investigados enquanto relacionado a uma coerência nos projetos das instâncias de socialização aos quais esses alunos estão sujeitos - família, escola e religião.