Efeitos da dexametasona como adjuvante à ropivacaína no bloqueio dos nervos femoral e isquiático em cães submetidos à cirurgia de joelho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Neves, Ieda Cristina Boni
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Dor
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-22022021-082922/
Resumo: A ruptura do ligamento cruzado cranial em cães é muito comum e na maioria das vezes a correção é cirúrgica. Como procedimentos ortopédicos podem ser extremamente dolorosos, é importante que o planejamento anestésico seja adequado, utilizando, por exemplo, técnicas de anestesia regional. Dentre estas, estão o bloqueio dos nervos femoral e isquiático. Em seres humanos é muito frequente a associação de adjuvantes aos anestésicos locais em bloqueios perineurais, com o objetivo de prolongar os bloqueios e analgesia dos pacientes. Porém, não existem estudos publicados em medicina veterinária que utilizem a dexametasona para este fim. Sendo assim, este trabalho teve o objetivo de avaliar o uso deste adjuvante pela via perineural no bloqueio dos nervos femoral e isquiático, em cães submetidos à osteotomia de nivelamento de platô tibial (TPLO). Os animais incluídos foram divididos de forma randômica em 2 grupos. O grupo ropivacaína + solução fisiológica (RS) recebeu bloqueio dos nervos femoral e isquiático com 0,1 ml/kg de ropivacaína 0,5% associado a solução salina nos dois pontos de aplicação, e o grupo ropivacaína + dexametasona (RD) recebeu o mesmo bloqueio de nervos periféricos, com 0,1 ml/kg de ropivacaína 0,5%, associada a 0,1 mg/kg de dexametasona por ponto de aplicação. Os bloqueios foram guiados por ultrassonografia e eletroneuroestimulação. Para avaliação de dor foram utilizadas as Escalas Reduzida de Glasgow (GCMPS-SF) e Analógica Visual (EAV). O resgate analgésico foi interpretado como necessário com escores iguais ou superiores a 5 na GCMPS-SF e 4 na EAV. Os resultados obtidos foram submetidos a análise estatística, a qual foi realizada por meio de testes paramétricos e não paramétricos. Não houve diferença estatística para o tempo de duração do bloqueio sensitivo entre o grupo RS (395,50±35,11 minutos) e o grupo RD (410,58±28,57 minutos), assim como para o bloqueio motor (365,25±38,77 e 415,50±29,14, respectivamente). Houve diferença estatística entre os grupos RD e RS para as variáveis ENV em T7 (1,58±0,19 e 0,83±0,16, respectivamente) e T8 (1,25±0,18 e 0,5±0,15, respectivamente), e Glasgow (1,49±0,16 e 0,89±0,13, respectivamente) porém clinicamente irrelevantes. Como conclusão, durante as oito horas de avaliação, a dexametasona não prolongou a duração da ropivacaína para os bloqueios dos nervos femoral e isquiático. Ainda, a dexametasona não reduziu incidência de náusea e vômito no período pós-operatório.