Invasão de nervos pelo carcinoma da próstata em biópsias transretais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Litvin, Isnard Elman
Orientador(a): Edelweiss, Maria Isabel Albano
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/10371
Resumo: Introdução e Objetivo: A invasão de nervos pelo carcinoma da próstata, em biópsias por agulha, pode ser um preditor independente de extensão extra-prostática e pode influenciar no manejo cirúrgico. Nervos são, algumas vezes, difíceis de serem visualizados em biópsias por agulha da próstata coradas pela técnica da hematoxilina e eosina. É possível que, utilizando-se a técnica da imuno-histoquímica com o anticorpo para a proteína S-100, os nervos e a invasão de nervos sejam mais facilmente detectados, reduzindo-se a quantidade de falso-negativos. Material e Método: Foram examinados 101 exames de biópsias por agulha, correspondendo a setenta pacientes, com carcinoma da próstata, através de lâminas coradas pela técnica da hematoxilina e eosina, selecionados a partir de 500 exames consecutivos. Obtiveram-se novos cortes dos mesmos blocos de parafina que foram corados pela técnica imuno-histoquímica, utilizando o anticorpo policlonal para a proteína S-100. O número total de nervos, o número de nervos invadidos pelo carcinoma da próstata, o número de nervos por área de tecido, o número de nervos invadidos por área de carcinoma e o diâmetro dos nervos invadidos pelo carcinoma foram determinados por dois investigadores, nas duas técnicas de coloração. Resultados: Dos 70 pacientes avaliados 31 (44,3%) apresentaram invasão de nervo pelo carcinoma no HE e 43 (61,4%) apresentaram invasão de nervo com a técnica imunohistoquímica da proteína S-100 (p<0,001). Na área de carcinoma foram detectados mais nervos invadidos no S-100 do que no HE (p<0,001). O diâmetro do menor nervo invadido pelo carcinoma foi menor no S-100 do que no HE (p=0,007). Conclusão: A coloração com a técnica imuno-histoquímica com o anticorpo para a proteína S-100 aumenta a sensibilidade para reconhecer nervos em material de punção-biópsia da próstata por agulha. Também, com o S-100 se reconhecem mais invasões de nervos pelo carcinoma da próstata, as quais não eram visualizadas quando coradas com o HE. Desta forma reduziu-se a quantidade de casos falso-negativos e demonstrou-se que o exame criterioso de espécimes corados com o HE não é suficiente para detectar todas as invasões de nervos pelo carcinoma da próstata.