Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lago, Alessandra Fabiane |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-07022022-170529/
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Resumo: |
Introdução: Pacientes com sepse e imobilismo na unidade de terapia intensiva estão associados à fraqueza muscular, e a mobilização precoce pode amenizá-la. Entretanto, durante choque séptico, a mobilização é muitas vezes postergada devido à gravidade da doença. A estimulação elétrica neuromuscular pode ser uma alternativa para mobilizar esses pacientes precocemente. Objetivo: O objetivo deste estudo é avaliar se a estimulação elétrica neuromuscular realizada em pacientes em choque séptico nas primeiras 72 horas do diagnóstico do choque séptico e em pacientes em sepse e choque séptico após as 72 horas do diagnóstico é segura metabolicamente e fisiologicamente. Materiais e Métodos: Esta é uma análise de dois ensaios clínicos aleatorizados tipo crossover. Pacientes em choque séptico (dentro das primeiras 72 horas do diagnóstico) e em sepse e choque séptico na fase tardia (após 72 horas de diagnóstico) foram elegíveis. Os pacientes foram submetidos em ordem aleatória ao protocolo de intervenção (posição de decúbito dorsal com elevação de membros inferiores e estimulação elétrica neuromuscular) e controle (posição de decúbito dorsal com elevação de membros inferiores sem a estimulação elétrica neuromuscular). Os pacientes foram alocados no grupo 1 (intervenção e controle) ou grupo 2 (controle e intervenção) com um período de wash-out de 4 a 6 horas. As variáveis metabólicas mensuradas foram o consumo de oxigênio, gasto energético, produção de gás carbônico e quociente respiratório, por intermédio da calorimetria indireta. Já as variáveis fisiológicas foram a pressão arterial média, frequência cardíaca, volume minuto e saturação periférica de oxigênio. Resultados: Dezesseis pacientes foram analisados no estudo do choque séptico agudo e 21 no estudo da sepse e choque séptico na fase tardia. Não houve diferenças significativas entre o os valores do consumo de oxigênio na fase aguda do choque séptico quando os protocolos intervenção e controle foram comparados (186,59 ± 46,10; 183,64 ± 41,39; 188,97 ± 44,88, p>0,05), da mesma forma quando os valores de consumo de oxigênio na fase tardia foram comparados (224,22 ± 53,09; 226,20 ± 49,64; 226,79 ± 58,25, p>0,05). As demais variáveis metabólicas e fisiológicas seguiram o mesmo padrão, sem diferenças significativas entre os protocolos. Quando variáveis da fase aguda foram comparadas com as variáveis da fase tardia, diferenças significativas foram observadas para o consumo de oxigênio, gasto energético, quociente respiratório e pressão arterial média (p<0,05). Conclusões: Como não houve alterações da taxa metabólica e fisiológica durante a estimulação elétrica neuromuscular, seja nas primeiras 72 horas de diagnóstico do choque séptico ou após, a estimulação elétrica pode ser considerada uma intervenção segura no âmbito metabólico e fisiológico, mesmo considerando que estes pacientes apresentam uma demanda metabólica maior durante a fase aguda do choque. |