Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Castro, Renata Sayuri Ansai Pereira de [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/150183
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Resumo: |
Introdução: A sepse e choque séptico são importantes causas de morbimortalidade no período neonatal. A implantação de protocolos permite uma condução sequencial e rápida na sepse/ choque, o que pode melhorar o prognóstico desses pacientes. Objetivo: Investigar nos prematuros de muito baixo peso (PT-MBP) se o quadro séptico está sendo conduzido de forma sistematizada de acordo com o protocolo e se essa sistematização melhorou o prognóstico em curto prazo. Métodos: Estudo retrospectivo, do tipo coorte realizado na UTI Neonatal do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina de Botucatu no período de janeiro de 2013 a dezembro de 2015, após aprovação do CEP. Foram selecionados todos os recém-nascidos (RN) prematuros com peso ao nascer inferior a 1500g (muito baixo peso), internados na UTI, nascidos ou não no Serviço, que sobreviveram por mais de 72 horas de vida. Foram incluídos todos os prematuros menores de 34 semanas e que apresentaram diagnóstico de sepse / choque séptico na Unidade. Não foram incluídos aqueles com malformações múltiplas e infecções congênitas. Variáveis estudadas: maternas, gestacionais, neonatais e variáveis do protocolo de choque da Unidade. Os recém-nascidos (RN) foram comparados inicialmente em dois grupos: sepse e choque séptico; para a avaliação do protocolo foram estudados apenas os que evoluíram para choque: com protocolo VS sem protocolo. Desfechos: displasia broncopulmonar (DBP), hemorragia periintraventricular (HPIV) grave, retinopatia da prematuridade (ROP) ≥ estágio 2 e óbito. Estatística: testes paramétricos e não paramétricos, com significância se p<0,05. Resultados: Dentre os 271 PT-MBP admitidos, a incidência de sepse tardia foi de 34%, e do choque séptico foi de 14%. A mortalidade entre os pacientes sépticos foi de 27,5%, e no choque foi de 61%. Abordagem sistematizada do choque de acordo com o protocolo ocorreu em 61% dos casos e os prematuros que não seguiram protocolo apresentaram maior mortalidade (80% x 48%; p=0,047). Não houve diferença significativa em relação às demais comorbidades, porém elas foram mais frequentes no grupo não seguiu o protocolo: DBP (75% vs 33%; p=0,262), HPIV grave (40% vs 22%; p=0,225), ROP ≥ 2 (50% vs 29%; p=1,000). Conclusão: Prematuros com choque séptico apresentaram alta mortalidade e pior prognóstico. Não seguir protocolo aumentou o percentual de morte. Prematuros com choque séptico sem abordagem sistematizada apresentaram pior prognóstico em curto prazo, embora sem diferença significativa, porém com alta relevância clínica. Assim, a abordagem sistematizada do choque pode melhorar o prognóstico desses RN. |