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Sofrimento e adoecimento no mundo do trabalho: estudo com bancários afastados do emprego por motivos de saúde relacionados ao trabalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Fortes, Juliana Lemos Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-08062017-084953/
Resumo: O setor bancário vem sendo profundamente afetado por um processo de transformação, o qual lhe conferiu posição de liderança na incorporação de novas tecnologias e inovações organizacionais. A reestruturação produtiva sofrida pelo setor levou a adaptá-lo às novas formas de acumulação capitalista. A intensa informatização do trabalho bancário, aliada a outras mudanças estruturais do setor, que afetaram não apenas os métodos de gestão e a natureza dos produtos, mas também o próprio comportamento dos mercados, resultou em mudanças significativas nas condições de trabalho e, consequentemente, na saúde dos trabalhadores. A presente pesquisa tomou como sujeitos diversos trabalhadores bancários que foram afastados, temporária ou definitivamente, do emprego por motivos de saúde relacionados ao trabalho, com o objetivo de conhecer as implicações decorrentes desse episódio, tanto em seu trabalho, como em sua vida pessoal. Este estudo, de cunho qualitativo, é embasado no materialismo histórico dialético e foi realizado junto aos trabalhadores bancários da cidade de Uberaba-MG. O contato com os trabalhadores foi mediado pelo sindicato da categoria. Ao todo, foram realizadas 15 entrevistas semiestruturadas - todas registradas, importa referir, pelo processo de gravação. Os dados obtidos através dos depoimentos revelaram que os bancários estão continuamente submetidos à flexibilização das relações de trabalho (terceirização e rotatividade), às práticas de assédio moral, à cobrança abusiva de metas - esta última tendo sido apontada, pelos próprios trabalhadores, como a principal causa de desgaste físico e mental e à intensificação do ritmo de trabalho. A análise dos dados, à luz do referencial teórico adotado, apresenta dados aliados aos depoimentos desses trabalhadores que relacionam as condições e a organização do trabalho bancário com o adoecimento físico e mental dos mesmos, culminando, portanto, no afastamento do emprego