Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Santos, Wilson Emanuel Fernandes dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8132/tde-18032019-125735/
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Resumo: |
Esta pesquisa teve como objetivo principal discutir as transformações no trabalho bancário brasileiro no período pós-crise de 2008, até 2018, no contexto da era digital do capitalismo avançado. A estratégia da investigação compreendeu uma observação participante no Banco do Brasil, na cidade de São Paulo/SP, que registrou o cotidiano do trabalho, as ações e reações de apoio ou resistência às novas formas de organização e conteúdos do trabalho e flagrou um dos maiores processos de reestruturação da história deste banco. Por meio de entrevistas, depoimentos e questionários aplicados a trabalhadores bancários que exercem distintas funções em diferentes bancos e a representantes sindicais de trabalhadores dos principais bancos do país, coletaram-se dados sobre as percepções, as opiniões e os discursos predominantes sobre os temas. O conjunto dos fenômenos estudados e suas singularidades aponta para o que seria um novo momento na trajetória do trabalho bancário. Observou-se que as tecnologias digitais, em especial as mídias sociais digitais, são responsáveis por mudanças agudas no conteúdo, na organização e nas relações do trabalho bancário. Como canais de comunicação, associados à inteligência artificial, elas modificaram a forma da interação entre empresas, trabalhadores e população. No cotidiano do trabalho, o taylorismo persiste sob essa nova base tecnológica e constrói o perfil do bancário vendedor nas plataformas digitais, um bancário digivendedor, sobre o qual o controle gerencial a intensificação do fluxo das tarefas e do cumprimento de metas encontram-se agora na própria ferramenta de trabalho. Dois fenômenos principais estão na essência dessas transformações: a ascendência da tecnologia digital como a própria plataforma de trabalho e as reestruturações que causaram uma sensível diminuição do número de postos de trabalho, a partir da adoção de novos modelos de negócios. Em paralelo, a individualização das relações de trabalho emerge nos formatos de contratação precários, na remuneração condicionada ao resultado individual e no afastamento das ações coletivas. A análise dos resultados da pesquisa mostra a formação de um sujeito neoliberal útil à reprodução da lógica do mercado por meio de elementos objetivos e subjetivos que se articulam e uma disputa de narrativas, entre o discurso do individualismo meritocrático reproduzido pelos representantes das empresas e que encontra eco em boa parte dos trabalhadores, em contraposição ao discurso do coletivismo classista reproduzido pelos sindicalistas e por outra parcela de trabalhadores. Nessa disputa, prevalece a lógica do indivíduo prestador de serviço independente, o eu-empresa, que se sobrepõe ao trabalhador pertencente a uma categoria com relações de trabalho protegidas por garantias típicas da sociedade salariada. O discurso gerencial procura r esponsabilizar cada trabalhador pelo resultado financeiro da empresa e, no limite, pela própria sobrevivência dela. Essa lógica serve de base para a justificação da individualização das relações de trabalho, que desponta em suas diversas dimensões. |