Análise por ressonância magnética funcional em repouso em jogadores de futebol aposentados com longa exposição a traumatismos cranioencefálicos leves

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Dalprá, Fábio Augusto Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5151/tde-15062023-155203/
Resumo: Futebol, o esporte mais popular do mundo, tem sido associado, em alguns estudos, a fator de risco para o desenvolvimento de encefalopatia traumática crônica (ETC) devido a impactos repetitivos intencionais na cabeça durante os jogos e treinamentos. Realizamos um estudo de ressonância magnética funcional em jogadores de futebol profissionais aposentados e controles pareados por idade e escolaridade para avaliar se seria possível detectar alterações de conectividade cerebral entre eles, com o intuito de investigar modificações cerebrais que pudessem representar efeitos relacionados ao futebol e eventualmente de uma possível ETC. As imagens foram coletadas em um sistema de ressonância magnética 3T. Analisamos as diferenças de conectividade das redes funcionais controlando pela variável anos de escolaridade. Também analisamos possíveis influências do tempo de carreira do futebol profissional nas medidas de conectividade cerebral. Foram realizados processamentos de redes de SEED-to-ROI das regiões frontais e temporais, e dos componentes da Default Mode Network, assim como um estudo exploratório por análise de componentes independentes (ICA). Foram também realizados testes neuropsicológicos, para melhor avaliação da amostra. Apesar de encontrar uma diferença entre os dois grupos em testes neuropsicológicos, não encontramos diferenças significativas entre o grupo de jogadores aposentados e o grupo controle na análise de conectividade funcional. Da mesma forma, o tempo de carreira dos jogadores profissionais de futebol não apresentou correlação com a conectividade cerebral. Esse estudo foi limitado, particularmente pelo número de sujeitos. Esses resultados indicam que possíveis efeitos da prática do futebol na conectividade cerebral podem não ser detectáveis pelas técnicas utilizadas de ressonância magnética ou não estão presentes nesta população em particular. Estudos futuros com maior número de sujeitos, avaliação longitudinal de traumas cranianos, evolução cognitiva e abordagem multimodalidade podem adicionar informações