Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Manuella Miki Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-12092013-124646/
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Resumo: |
A presente dissertação propõe examinar os traços de inacabamento na poética de Álvares de Azevedo e abordá-los segundo os fundamentos teóricos do gênero fragmento. O poema do frade, objeto deste estudo, é uma composição narrativa muitas vezes relegada a uma posição secundária na fortuna crítica do poeta Álvares de Azevedo; esta apreciação negativa deriva, justamente, de seu estilo irregular e digressivo, encarado como defeituoso. O poema do frade é fortemente marcado pela mediação de um narrador irônico, inclinado ao discurso devaneante, pouco linear e repleto de discussões metapoéticas. No poema, a multiplicidade de assuntos, aparentemente descontínuos, é unificada na tematização de um grande debate estético acerca da impossibilidade da epopeia na modernidade. Diante disto, O poema do frade dialoga com o polêmico projeto de composição de uma grandiosa narrativa épica no Brasil oitocentista, patrocinado pela política imperial local e alimentado, em especial, pelos poetas ligados ao grupo indianista. Ao problematizar a viabilidade da epopeia em seu tempo, Álvares de Azevedo realiza uma revisão da tradição poética neoclássica bem como de sua própria poética, colocando em prática o princípio romântico de aproximar os campos da crítica e da poesia, ou, em outras palavras, assimilar a reflexão crítica no interior da própria obra de arte. |