O pensamento crítico de Álvares de Azevedo por meio de seus prefácios: antagonismo e dissolução

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Santos, Natália Gonçalves de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8151/tde-11062013-110100/
Resumo: Este trabalho analisa os prefácios aos livros Lira dos vinte anos, O conde Lopo e Macário, do escritor romântico Álvares de Azevedo (1831 1852), buscando discernir e sistematizar os pressupostos básicos do pensamento crítico presente nesses textos. Visando contextualizar as discussões ali promovidas em face do debate romântico no Brasil e no exterior, a pesquisa recorre também a outros ensaios críticos do autor para o esclarecimento de questões levantadas pelos prefácios e, eventualmente, a alguns de seus poemas e a outras de suas obras. O cotejo entre os textos do corpus propiciou a reconstrução de uma rica tessitura de referências bibliográficas, especialmente francesas, caso de Théophile Gautier, e portuguesas, como Lopes de Mendonça, às quais o autor constantemente se volta. Essa tessitura explicita um vasto horizonte de leituras, que vai muito além de Byron e Musset, fontes mais recorrentes entre os românticos da segunda geração brasileira, projetando a figura eminente do crítico literário que já se entrevia em Azevedo, mesmo nos seus primeiros ensaios. O distanciamento dos esforços nacionalistas, principal objetivo da maioria dos críticos e escritores brasileiros no oitocentos, permitiu que Azevedo se vinculasse a uma outra concepção de crítica literária, de origem alemã, elaborada sobretudo pelos irmãos Schlegel e por Novalis. Essa aproximação, que pode ter ocorrido tanto por via direta, quanto por meio de traduções francesas, portuguesas, ou mesmo, inglesas, fez com que Álvares de Azevedo se posicionasse de maneira distinta da de seus contemporâneos em relação a sua própria composição e a dos autores mencionados ao longo dos prefácios e ensaios.