O espaço \"concebido\" e o espaço \"vivido\" da morada rural: políticas públicas x modo de vida camponês

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Arruda, Andréa Figueiredo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16135/tde-19052010-094729/
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo, primeiramente, compreender e fazer o registro de duas questões fundamentais. A primeira é a territorialização do campesinato no Brasil, como se deu ao longo da história, e as políticas públicas que definiram e definem o desenho do espaço rural. O segundo registro insere-se num breve levantamento da demanda e produção habitacionais no país. A pesquisa parte também de uma experiência concreta de construção de moradias populares, em regime de mutirão e autogestão, no assentamento Fazenda Pirituba, Itapeva, São Paulo. A observação do modo de vida camponês, durante a implantação do Programa de Subsídio Habitacional Rural (PSH-Rural), aparece como um dos caminhos para entender os diversos ajustes e desajustes do mutirão. Por se tratar de um assentamento de mais de 20 anos, a Fazenda Pirituba se consolida como um território digno da manifestação camponesa, que se identifica desde a maneira como se espacializa o cotidiano dessas famílias, (re)definindo e (re)inventando o desenho do assentamento concebido via Estado, até a mediação com técnicos para organização do canteiro. A partir da observação do modo de vida do camponês, da relação dele com o trabalho, o tempo, a terra, a família e vizinhos e ainda a maneira como se espacializam essas relações, como a casa-quintal e o seu entorno, o sítio, é possível vislumbrar a formulação de políticas publicas condizentes com o seu modus vivendi.