Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Iglesio, Ricardo Ferrareto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5138/tde-03102022-140633/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A eletrocoagulação bipolar é amplamente utilizada na neurocirurgia. Apesar disso, poucos estudos avaliaram in vivo as lesões provocadas por ela nos tecidos do sistema nervoso central, fatores que influenciam nas características de tais lesões e parâmetros que tornem o método mais eficaz e seguro. OBJETIVOS: O objetivo primário do estudo é a avaliação histológica da lesão causada na medula espinal de suínos durante o processo de eletrocoagulação bipolar de vasos de sua superfície, em diferentes temperaturas. Como objetivos secundários, o estudo pretende determinar fatores que influenciem na temperatura atingida na ponta da pinça do aparelho e na extensão da lesão, estabelecendo parâmetros em que ocorra hemostasia eficaz com o mínimo de dano a estruturas adjacentes. MÉTODOS: Oito suínos adultos foram submetidos à laminectomia dorsal e exposição da medula espinal torácica. Foi realizada a coagulação de vasos na superfície medular, utilizando aparelho de eletrocoagulação bipolar, variando a configuração de potência do aparelho e o tempo de coagulação. A temperatura atingida na ponta da pinça bipolar foi medida através de um sensor termopar e, ao mesmo tempo, em uma câmera térmica. Também foi feita a avaliação qualitativa pelo cirurgião da eficácia da coagulação obtida. Ao término do procedimento, segmentos medulares foram seccionados, fixados em formol, incluídos em bloco de 17 parafina, corados por hematoxilina e eosina e analisados em microscopia óptica. Os efeitos da eletrocoagulação foram quantificados através da medida da extensão e profundidade das lesões histológicas observadas. A análise estatística dos resultados foi feita através de regressão linear e do teste U de Mann-Whitney. RESULTADOS: Nas lâminas de amostras submetidas à coagulação, notava-se sinais de lesão térmica, como: perda de estrutura celular e axonial, predomínio de coloração eosinofílica, retração da pia-máter, ausência de núcleos e trombos intravasculares. A mediana da área das lesões foi de 0,035 mm2. A temperatura mediana obtida nos experimentos foi de 39,9 oC. Quanto maior a energia aplicada pelo aparelho, maior a temperatura atingida na ponta da pinça (p <0,001). Quanto maior a temperatura atingida(p=0,004), a energia aplicada(p=0,006) e a potência configurada no aparelho(p=0,02), maior a área de lesão obtida. A temperatura(p <0,001) e a energia aplicada(p=0,008) foram fatores que contribuíram para maior extensão das lesões, porém não implicaram em maior profundidade das mesmas. A coagulação considerada eficaz ocorreu com uma temperatura mediana na ponta da pinça de 43,5oC e a ineficaz a uma temperatura mediana de 37,6oC, com uma diferença significante (p=0,001) entre os grupos. CONCLUSÕES: A área de lesão tecidual está diretamente e linearmente relacionada com a temperatura atingida no tecido e a energia aplicada durante a coagulação. A extensão da lesão é o componente que apresenta maior correlação com a energia e temperatura. Não foi observada correlação direta com a profundidade da lesão. O tempo e a potência configurada no aparelho, isoladamente, não influenciam na temperatura atingida. A temperatura recomendada para coagulação eficaz com o mínimo de lesão tecidual é em torno de 40 o C |