Relação entre os sinais vitais e as concentrações plasmáticas de óxido nítrico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Vieira, Neireana Florêncio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-05022024-165008/
Resumo: A sepse e o choque séptico são as principais preocupações globais de saúde no mundo e um grave problema de saúde no Brasil, sendo uma das principais causas de mortalidade nas unidades de terapia intensiva. O óxido nítrico na fisiopatologia da sepse tem sido usado como um biomarcador de gravidade em pacientes sépticos devido as alterações hemodinâmicas microvascular e sistêmicas, refletindo em alterações dos sinais vitais, causadas pelo excesso de óxido nítrico. O objetivo deste trabalho, foi demonstrar a relevância da verificação dos sinais vitais e análise de exames laboratoriais mais comuns na sepse, correlacionado os mesmos com as concentrações plasmáticas de óxido nítrico, no sentido de monitorar o paciente com sepse e choque séptico. O estudo foi realizado em dois hospitais brasileiros, sendo o hospital A localizado no sul de minas gerais e o hospital B na região noroeste paulista, constituídos de 166 pacientes maiores de 18 anos, sendo 104 pacientes do hospital A e 62 do hospital B, que apresentaram diagnóstico de sepse e choque séptico confirmados e internados nas unidades de clínica médica/cirúrgica, urgência/emergência, maternidade e terapia intensiva. As orientações e aceite em participar do estudo foram realizadas no próprio leito do paciente após sua estabilização clínica e a abordagem aos familiares e/ou responsável legal para aqueles pacientes com instabilidade hemodinâmica. Os dados demográficos, clínicos e laboratoriais foram coletados por meio do prontuário eletrônico, a aferição dos sinais vitais e coleta de sangue após a confirmação do diagnóstico de sepse ou choque séptico, entre março de 2021 a janeiro de 2022. As amostras contendo 3 ml de sangue, identificadas e rotuladas, foram centrifugadas em rotação de 3.500 rpm, por 10 minutos a temperatura de 23ºC a 25ºC. Ao final, o sobrenadante contendo plasma sanguíneo foi desproteinizado por incubação com etanol absoluto 4ºC, mantido por 30 minutos em freezer (-20ºC). Posteriormente submetidas à centrifugação 10.000 rpm por 10 minutos à 23ºC e realizado a técnica de quimiluminescência NO/ozônio. Os resultados evidenciaram maiores concentrações plasmáticas de nitrato em pacientes com piores prognósticos e desfechos, e correlação com sinais vitais e exames laboratoriais da sepse que evidenciam a presença de disfunção orgânica. Quanto maior o nitrato maior foram os níveis de lactato plasmático, ureia, creatinina, potássio e tempo de protrombina, e menores a contagem das plaquetas no sangue. Dentre os sinais vitais, os valores da temperatura corporal, a pressão diastólica e a pressão arterial média foram menores quando evidenciado maiores concentrações de nitrato. Em conjunto, os resultados encontrados mostram que o aumento da concentração do nitrato se associa com a gravidade da sepse e entre as alterações dos sinais vitais, a hipotermia mostrou-se um dado vital de alerta à gravidade clínica dos pacientes. As alterações da frequência respiratória e a pressão sistólica são componentes de escores de gravidade utilizados na prática clínica atual, porém esses sinais vitais não foram evidenciados como sinalizadores de alerta à gravidade de pacientes sépticos.