Avaliação da reparação e indicadores de desnutrição de ratos submetidos à fratura de côndilo mandibular e com desnutrição protéica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Rodrigues, Lucimar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23149/tde-13042009-101013/
Resumo: Este trabalho avaliou a reparação e indicadores de desnutrição de ratos submetidos à fratura unilateral de côndilo mandibular e com desnutrição protéica (8% de proteína com suplemento de vitaminas e minerais). Foram utilizados 45 Rattus norvegicus Wistar, adultos machos, distribuídos em 3 grupos de 15 animais: grupo fraturado, submetido à fratura de côndilo, sem alteração de dieta (23% de proteínas); grupo fraturado desnutrido, submetido à dieta hipoprotéica por 30 dias e posterior fratura condilar; grupo desnutrido, com dieta hipoprotéica prévia por 30 dias e mantida até o final do experimento, sem fratura de côndilo. Foi documentada a quantidade de ingestão de ração e água, feita a avaliação do peso e obtido o coeficiente de eficácia alimentar (CEA). Os animais foram sacrificados nos períodos de 24 horas e 7, 15, 30 e 90 dias pós-operatório. Foram realizados os seguintes testes bioquímicos do sangue: proteínas totais, albumina sérica, cálcio sérico, fosfatase alcalina, ferro sérico e creatinina sérica; e o leucograma. A seguir, foram feitas mensurações cefalométicas por radiografias da maxila e da mandíbula. O estudo histológico compreendeu a avaliação do local da fratura e da articulação temporomandibular. Os valores numéricos foram submetidos a análises estatísticas. O consumo de ração e água foi maior no grupo fraturado desnutrido, na maioria dos períodos. Os valores do CEA foram baixos principalmente nos períodos iniciais, sendo mais significativos para o grupo fraturado desnutrido. Houve pouco ganho de peso nos períodos iniciais, exceto no grupo fraturado desnutrido que apresentou perdas significativas, havendo recuperação de peso nos demais períodos, significativamente menor neste grupo. Os testes de bioquímica do sangue mostraram queda, principalmente nos períodos iniciais, para os valores de proteínas totais e albumina, bem como para cálcio sérico em todos os períodos, significante para o grupo fraturado desnutrido. O leucograma mostrou aumento, principalmente nos períodos iniciais, de leucócitos, linfócitos e neutrófilos, mais significativo no grupo fraturado desnutrido. Houve desvio da linha média mandibular em relação à linha média maxilar, significante para o grupo fraturado desnutrido, bem como assimetria de maxila e mandíbula, em especial no período final do experimento. A análise histológica mostrou que a desnutrição protéica levou à atrofia da fibrocartilagem do côndilo. A fratura sob desnutrição comprometeu a formação do calo ósseo, bem como houve anquilose fibrosa. Foi concluído que a fratura de côndilo mandibular em ratos com desnutrição protéica promoveu alterações negativas nos valores de proteínas totais, albumina e cálcio sérico, leucocitose, bem como comprometeu a formação do calo ósseo e induziu atrofia da fibrocartilagem e anquilose fibrosa.