Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Dourado, Daiana Aparecida Quintiliano Scarpelli |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6138/tde-30112015-121022/
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Resumo: |
Introdução: A síndrome metabólica (SM) é frequente em idosos. A alimentação influencia a prevalência, constituindo uma das variáveis de risco modificáveis, com impacto positivo no controle da doença. Objetivo: Verificar a associação entre SM e padrões alimentares de indivíduos idosos do município de São Paulo. Métodos: Estudo transversal que utilizou os dados do Estudo SABE: epidemiológico, de coortes e de base domiciliar. A população deste estudo incluiu idosos ( 60 anos), de ambos os sexos, selecionados por amostra probabilística, e entrevistados em 2010, pertencentes a três coortes A/2000 (n=630), B/2006 (n=214) e C/2010 (n=311). As variáveis de estudo foram: a) referidas: sexo, idade, escolaridade, ingestão de bebida alcoólica, tabagismo, atividade física e número de doenças crônicas não transmissíveis; b) mensuradas: SM, identificada segundo os critérios do National Cholesterol Education Program-Adult Treatment Panel III (NCEP-ATPIII) sendo circunferência da cintura > 102 cm, para homens, e > 88 cm, para mulheres; pressão arterial 130 e/ou 85 mmHg (obtidas por entrevistadores previamente treinados); triacilgliceróis 150 mg/dL; High Density Lipoprotein (HDL) colesterol < 40 mg/dL, para homens e < 50 mg/dL, para mulheres; glicemia de jejum >100 mg/dL (por meio de amostra sanguínea); obesidade, classificada pelo índice de massa corporal 30kg/m2. Os dados de alimentação foram obtidos por meio de entrevista domiciliar registrando-os em formulário específico, com 107 alimentos, classificados em 18 grupos de alimentos. Os padrões alimentares foram determinados pela análise fatorial exploratória por componentes principais. Foram utilizados teste de qui-quadrado de Rao & Scott para amostragem complexa, bem como regressão logística múltipla, com nível de significância de 5 por cento . O programa estatístico STATA 13.1 foi adotado para os cálculos. Resultados: 1.155 indivíduos foram estudados e a prevalência de SM foi de 57,9 por cento . Quatro padrões alimentares foram identificados: padrão 1, composto por: frituras, embutidos, enlatados, doces, tubérculos, temperos/molhos industrializados e ovos, denominado inadequado; padrão 2, laticínios desnatados, cereais e pães integrais e alimentos light, diet ou zero, denominado padrão modificado; padrão 3, óleos vegetais, arroz, cereais refinados e pão branco, carnes e leguminosas, denominado padrão tradicional brasileiro; e, padrão 4, frutas, verduras e legumes e tubérculos, denominado benéfico. O padrão modificado foi associado positivamente à SM. Idosos do 4º quartil do padrão modificado aumentaram em 60 por cento o risco da presença de SM. O padrão benéfico foi associado negativemente à SM, em idosos 70 anos (coorte A). Os padrões inadequado e tradicional brasileiro não foram associados significativamente à SM. Conclusão: O padrões alimentares modificado e benéfico estiveram associados a SM. Indivíduos do padrão modificado apresentaram aumento do risco de SM, e do padrão benéfico redução do risco para idosos mais velhos. A associação ao padrão modificado pode ser devido à mudanças alimentares implementadas no dia a dia dos indivíduos idosos, após diagnóstico de anormalidades metabólicas. |