Exposição prolongada de ratos a vareniclina: avaliação comportamental, níveis de neurotransmissores cerebrais e estudo bioquímico e anatomopatológico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Magalhães, Julia Zaccarelli
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10133/tde-20032017-141445/
Resumo: A vareniclina é uma substância química sintética utilizada para o tratamento de tabagismo; atua como agonista de receptores colinérgicos nicotínicos, em especial, como agonista parcial em receptores α4β2 e α3β4, e como agonista total do receptor α7. Levando em consideração que há uma tendência de ampliação do uso clínico da vareniclina para o tratamento da dependência à diversas substâncias de padrão abusivo e que há poucos estudos relacionados aos seus efeitos sobre o comportamento, cognição e sistema motor, tornam-se necessários mais estudos sobre essa substância. Assim, no presente trabalho foram estudados os efeitos da exposição prolongada (28 30 dias) de ratos à vareniclina, avaliando-se o consumo de água e de ração, o ganho de peso e o comportamento animal, por meio dos testes de campo aberto, labirinto em cruz elevado, interação social, comportamento estereotipado, labirinto de Barnes e esquiva passiva. Ainda foram feitas as avaliações dos níveis de neurotransmissores e seus metabólitos em diferentes estruturas cerebrais, bem como avaliações hematológicas, bioquímicas séricas, urinárias e estudos anatomopatológicos e histopatológicos. Foram utilizadas três doses de vareniclina: 0,03 (dose terapêutica para o ser humano), 0,1 e 0,3 mg/kg, por via oral (gavagem). Os resultados mostraram que a exposição prolongada de ratos à diferentes doses de vareniclina não provocou toxicidade, uma vez que não houve alteração no consumo médio de água e de ração e no ganho de peso avaliados semanalmente. Quanto às avaliações comportamentais, observou-se leve aumento da atividade geral no campo aberto, bem como diminuição do tempo de interação social, não sendo capaz de alterar parâmetros neuroquímicos, hematológicos, bioquímicos séricos, urinários, anatomopatológicos e histopatológicos de ratos expostos à vareniclina.