Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Amorim, Bruna Eloy de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/106/106133/tde-12062023-175106/
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Resumo: |
A compreensão da questão ambiental no Brasil e sua repercussão no mundo tem sido explorada por uma vasta literatura e por diferentes tipos de abordagens. No entanto, há ainda lacunas no que se refere à Análise do Discurso, com poucas produções sobre as construções discursivas empregada pela elite política brasileira ao abordar o tema do meio ambiente. A literatura que se baseia na Análise do Discurso para analisar o debate sobre meio ambiente preocupa-se fundamentalmente em investigar as lutas discursivas por trás de expressões como problemas ambientais globais, desenvolvimento sustentável, entre outros. Em outras palavras, a Análise do Discurso enfatiza a necessidade de se enxergar os discursos por meio de uma perspectiva crítica, a fim de se compreender quem verdadeiramente se beneficia dele. Dentro desse quadro teórico-metodológico, esta tese se voltou para a Abordagem Argumentativa da Análise do Discurso desenvolvida pelo teórico Maarten Hajer (1995), com o objetivo de examinar as estratégias discursivas empregadas por diferentes coalizões para avançar seus interesses no debate político sobre meio ambiente no Brasil, destacando quais linhas narrativas foram empregadas e como elas ajudaram a moldar a ação política entre os anos de 1972 e 2021. Com base na framework desenvolvida por Hajer (1995), propôs-se uma tipologia para analisar criticamente os discursos brasileiros sobre o tema do meio ambiente, adaptando essa framaework às características do Brasil e à sua condição de país em desenvolvimento. Nesse sentido, foram identificados três discursos: o soberanista, o agroliberal e o do desenvolvimento. Como resultado, conclui-se que tais discursos têm sido os pilares da agenda ambiental do país, especialmente em relação à Amazônia, interpretando a realidade de acordo com pontos de vista bastante específicos, baseados em diferentes contextos econômicos, políticos e culturais, bem como em interesses diversos. |