A vivência afetivo-sexual de casais inférteis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Perissini, Ana Larissa Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Sex
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-14082011-170230/
Resumo: A pesquisa aqui relatada foi realizada com 08 casais inférteis em tratamento na Unidade de Medicina Reprodutiva e Imaginologia de um hospital-escola do interior paulista. A fim de compreendermos o instigante fenômeno da infertilidade, acessamos a vivência desses colaboradores mediante uma questão norteadora: Gostaria que você contasse para mim a sua vivência afetivo-sexual durante o namoro, a partir de seu casamento, quando decidiram engravidar, quando perceberam que tinham dificuldade de engravidar e durante a trajetória clínica da investigação e tratamento da infertilidade. Para análise de seus relatos, utilizamos a metodologia qualitativa, alicerçada na fenomenologia, que consiste na leitura e releitura dos depoimentos, discriminção das unidades de significado, elaboração de categorias e identificação das convergências e divergências encontradas em seus discursos. Para o entendimento de suas declarações, nos apoiamos nas perspectivas psicológica, biológica, sociocultural, histórica e da sexologia. Ao analisarmos os depoimentos, destacaram-se as seguintes categorias de significado: 1) Lembranças do tempo de namoro; 2) A arte do convívio a dois; 3) Desvendando a intimidade sexual; 4) A busca por uma ajuda especializada; 5) O estigma da infertilidade; 6) O filho como projeto de vida; 7) A menstruação como marcador de (in)sucesso do tratamento. Como resultado, percebemos que os casais planejam uma família com filhos biológicos, ou seja, uma família nuclear: pai, mãe, filho, partindo do pressuposto que eles têm o controle da função reprodutora. Entretanto, ao deparar-se com a dificuldade de engravidar, buscam um culpado pela infertilidade. Tornam o sexo mecânico, voltado só para a procriação, sentem-se estigmatizados por sua importência e veem a menstruação como sinônimo de fracasso do tratamento. A perda do controle da função procriadora os leva a buscar por novas tecnologias de RHA. E diante do insucesso do tratamento, muitos casais partem para a adoção, construindo uma família adotiva.