A paisagem narrativa do nordeste e dos nordestinos nos filmes de Vladimir Carvalho

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Nascimento, Renato Alves do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-11122012-091944/
Resumo: A paisagem narrativa é um conceito abstrato de movimento que se concretiza na observação da paisagem física, histórica e geográfica, assim como na paisagem fílmica. Aqui, a paisagem geográfica é analisada sob o ponto de vista de uma geografia retrospectiva, numa leitura de narrativização, a partir das imagens de filmes documentários. Essa leitura é feita no intuito de compreender como o Nordeste e os nordestinos são representados no discurso imagético da narrativa fílmica. Para isso, foram analisados os documentários Os Romeiros da Guia (1962), A Bolandeira (1968) e O Homem de Areia (1982), focados no espaço, na paisagem, na sociedade e suas relações político-econômico-cultural e histórica do Nordeste brasileiro, sob o olhar do cineasta Vladimir Carvalho, realizador dos respectivos filmes. A nossa concepção de paisagem narrativa está fundamentada nos conceitos e descrições de David Lowenthal, com a importância da simplicidade e subjetividade na pesquisa científica; Jean Marc Besse, na valorização da paisagem, apresentando uma visão antropológica para o desenvolvimento das culturas visuais; Jorge Luiz Barbosa, na afirmação de que o cinema constrói as representações da realidade de maneira singular sobre o que se vê (a forma) e o que se apreende do visto (o conteúdo); e, principalmente, com as teses de Ana Francisca de Azevedo que enxerga a paisagem como narrativa com uma presença de referência original, capturada pela arte do cinema em operações de narrativização ideológica e de estetização, para reconfigurar a experiência de representação e contemplação da paisagem.