Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Yazbek, Guilherme Meletti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27156/tde-08112022-163958/
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Resumo: |
Esta dissertação investiga a produção artística da paulistana Laura Vinci. Mais conhecida como artista visual, Vinci atua também como cenógrafa desde a sua participação em Cacilda! (1998), do Teatro Oficina. O estudo inicia-se pelo exame de uma seleção de instalações da artista dentre elas sua participação no Arte/Cidade III (1997) e das cenografias realizadas por ela entre os anos 1998 e 2018. No percurso, são reconhecidos processos de trabalho, temáticas e materialidades que se tornaram recorrentes na práxis artística de Vinci. Em seguida, o estudo aprofunda-se no longo processo de criação de Máquinas do Mundo da mundana companhia, a partir do poema A Máquina do Mundo, de Carlos Drummond de Andrade, somado a trechos de Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, e de A paixão segundo G.H., de Clarice Lispector. Por meio de entrevistas e da análise de textos, fotografias e vídeos gerados no processo, realiza-se uma crítica genética daquela instalação performativa que teve em Vinci um dos polos de coordenação. O núcleo de arte da mundana companhia, do qual Laura Vinci é integrante, empreendeu, no caso de Máquinas do Mundo, um processo de criação radicalmente horizontal: não hierárquico, pois sem a figura de um diretor, e objetivando reunir múltiplas linguagens literatura, materialidades, figurinos, iluminação, trilha sonora e atuação em fricção e contaminação. Este genuíno work in progress é reconstituído à maneira genética em todas as suas etapas, com reflexões tanto estéticas quanto éticas. Por fim, analisa-se em detalhes a encenação no contexto das apresentações ocorridas no Sesc Pinheiros, em São Paulo, em 2018, o que enseja concluir com reflexão acerca de uma possível cena-paisagem ali configurada, de qualidade não-antropocêntrica. Colaboram na linha de raciocínio apresentada ao longo da dissertação pensamentos advindos de artistas e teóricos como John Dewey, Michael Fried, Josette Féral, Edmund Burke, Anne Cauquelin, Marcel Duchamp, Robert Morris, Gertrude Stein, Heiner Goebbels, José Miguel Wisnik, Renato Cohen, Maria Clara Ferrer e Eduardo dos Santos Andrade, dentre outros. |