A atenção aos doentes de hanseníase no sistema de saúde de Londrina, PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Pieri, Flavia Meneguetti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-17012014-162447/
Resumo: O objetivo deste estudo foi analisar a atenção aos doentes de hanseníase no sistema de saúde de Londrina,PR. Trata-se de estudo epidemiológico descritivo de corte transversal. Foram entrevistados 119 doentes de hanseníase, notificados no Sistema de Informações de Agravos de Notificação, no período de 2009 a 2012, e residentes na área urbana. Para a coleta dos dados, utilizou-se um instrumento adaptado para atenção à hanseníase - Primary Care Assessment Tool. A análise dos dados se deu por meio da análise univariada com cálculo de medidas de posição, de dispersão, de frequências e proporção relativa; análise bivariada, com a aplicação do teste qui-quadrado de proporções para as variáveis categóricas, e análise de variância (ANOVA) para as variáveis métricas, e quando violados os critérios dessa, recorreu-se ao teste de Kruskal-Wallis. Para análise multivariada, utilizou-se a análise de correspondência múltipla. Fixou-se o erro tipo 1 (?=0,05). Dos 119 entrevistados, 60 (50,42%) doentes eram do sexo masculino, 64 (53,78%) com idade média entre 42 e 65 anos, 79 (66,39%) possuíam ensino fundamental, 60 (50,42%) declararam-se casados, 56 (47,07%) referiram atividade econômica não formal, 107 (89,92%) residiam em domicílio de alvenaria, 69 (57,98%) residiam com mais de 3 pessoas. Os resultados apontaram que os doentes de hanseníase procuram as unidades mais próximas de sua residência, mas não é onde ocorre o diagnóstico e o tratamento. Os atributos concernentes ao diagnóstico e ao tratamento foram classificados respectivamente em não satisfatório e regular; o vínculo alcançou níveis satisfatórios. Os demais atributos, elenco de serviços, coordenação, participação da família e orientação à comunidade, não alcançaram valores satisfatórios. Verificou-se, ainda que aqueles com maior renda avaliaram mais insatisfatoriamente o acesso à atenção do que os de menor renda. Os resultados despertam reflexões quanto às políticas de descentralização das ações de eliminação da hanseníase