Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Renata Moreno Lima de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-20072022-123559/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A deficiência seletiva de IgA (DSIgA) é definida por níveis séricos de IgA abaixo de 7 mg/dL e níveis normais ou aumentados de IgG e IgM, após os 4 anos de idade. Um pequeno grupo de pacientes com DSIgA evolui para Imunodeficiência Comum Variável (ICV) que é definida por níveis séricos baixos de IgG, IgA e/ou IgM, após os 4 anos de idade, podendo ter alterações linfocitárias. As células B CD27+ de memória podem estar diminuídas em pacientes com ICV e DSIgA. Análises dos pacientes que evoluíram de DSIgA para ICV sugerem que alguns dados clínicos possam ser considerados fatores de risco para essa evolução como: alta prevalência de infecções, autoimunidade, presença dos haplótipos do MHC descritos em ambas doenças, histórico familiar e deficiência associada de subclasses de IgG. As manifestações clínicas de ambas doenças estão relacionadas a um estado pró-oxidativo. Mecanismos envolvidos tanto na geração de estresse oxidativo quanto em sua regulação podem ter grande importância no prognóstico de pacientes com erros inatos da imunidade. A família das enzimas paraoxonases (PON) tem papel nestes mecanismos e por isso estudamos o polimorfismo L55M da Paraoxonase 1 para avaliar sua possível influência na evolução da DSIgA para ICV. OBJETIVO: Avaliar parâmetros laboratoriais e clínicos em pacientes com DSIgA em busca de marcadores prognósticos de progressão para ICV. MÉTODOS: Foram selecionados 34 pacientes diagnosticados com DSIgA e 14 pacientes que evoluíram de DSIgA para ICV. Os pacientes foram avaliados quanto ao histórico familiar de imunodeficiências primárias e de consanguinidade, ocorrência de infecções recorrentes, alergias, presença de doenças autoimunes e neoplasias; também foram avaliadas as populações linfocitárias, as subpopulações de células B e a genotipagem do polimorfismo L55M do gene PON1. RESULTADOS: O grupo que evoluiu para ICV (grupo ICV) apresentou frequências maiores de diarreia nãoinfecciosa, neoplasias e esplenomegalia que o grupo DSIgA. Não houve diferença significativa entre os grupos na análise dos genótipos do polimorfismo L55M. O grupo ICV apresentou diminuição significativa de populações linfocitárias (CD3, CD4, CD19, NK) quando comparado ao grupo DSIgA. Não houve diferença significativa entre os grupos em relação a história familiar. Os pacientes DSIgA apresentaram maior porcentagem de linfócitos B CD27+IgD+IgM+ do que o grupo controle. CONCLUSÃO: São sugestivos de evolução de DSIgA para ICV os seguintes fatores: presença de diarreia não-infecciosa, neoplasias, esplenomegalia, diminuição de populações linfocitárias (CD19 e CD4) e aumento de células B de memória sem troca de classe |