Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Silveira, Carla Silva da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5146/tde-20042022-160108/
|
Resumo: |
A imunodeficiência comum variável (ICV) é a imunodeficiência primária sintomática mais comum em adultos caracterizando-se pela diminuição dos níveis séricos de IgG, associados à redução de IgA e/ou IgM e resposta pobre de anticorpose baixas resposta a vacinações. Os pacientes possuem perfil pró-inflamatório e frequentemente cursam com infecções crônicas ou recorrentes do trato respiratório e gastrointestinal, hepatomegalia, esplenomegalia, doenças autoimunes, inflamatórias e malignidades, especialmente as de natureza linfoproliferativas e consequentemente, possuem deficiências absortivas de vitaminas e minerais dentre as quais as de vitamina D e cálcio. As paraoxonases (PON) compõem uma família multigênica de enzimas que incluem a PON1, PON2 e PON3 sendo a PON1a mais estudada; encontra-se associada à APO-I do HDL atuando sobre o estresse oxidativo bem como em doenças inflamatórias, AIDS, infecções neoplásicas e imunosenescência. Recentemente foi observada relação entre polimorfismos da PON1, atividade arilesterase e características clínicas em pacientes com ICV. De modo similar à arilesterase, a 25-hidroxivitamina D atua no sistema imune em estados oxidativos. A 25- hidroxivitamina D é um hormônio esteróide e que tem importante papel imunorregulatório em várias células do sistema imunológico: linfócitos T CD4+, CD8+ e células dendríticas apresentadoras de antígenos. Este estudo teve como objetivo avaliar as interrelações entre os polimorfismos da PON1, aatividade arilesterase, os níveis de 25-hidroxivitamina D, populações linfocitárias e características clínicas em pacientes com imunodeficiência comum variável. Foram avaliados em grupos pacientes e controles saudáveis parâmetros laboratoriais clínicos (25- hidroxivitamina-D, magnésio, cálcio, sódio, potássio, vitamina B12, colesterol total e frações, triglicerídeos, proteína C reativa, hormônio paratireoideano, IgG, IgA, IgM, IgE, contagem total de linfócitos T CD3+,CD4+e CD8+, linfócitos B CD19), e densitometria óssea. Resultados: A distribuição dos genótipos e dos alelos do polimorfismo L55M no grupo de pacientes ICV foram similares às do grupo controle.Os pacientes portadores do genótipo 55LM apresentaram início mais precoce dos sintomas característicos da ICV, sendo provável que apresentem manifestações menos graves da ICV em relação aos pacientes 55LL e 55MM. A atividade arilesterase da PON-1 foi similar entre os portadores dos genótipos55MM, 55LL e 55LM e controles sãos e não apresentou relação com o quadro clínico. Não houve associação entre os genótipos do polimorfismo L55M e a presença da maioria das manifestações clínicas analisadas, sendo esses achados compatíveis com a presença de níveis similares de atividade arilesterase entre os três genótipos analisados. A maioria dos participantes do grupo de estudo apresentou níveis séricos de vitamina D abaixo de 30 mg/dL, não havendo diferença entre os dois gêneros e demais parâmetros laboratoriais analisados, exceto uma correlação negativa com os níveis de PTH. Houve associação entre níveis séricos mais elevados de vitamina D e a menor frequência de atelectasias. Considerando que os portadores do genótipo 55LL apresentaram maior prevalência de linfonodomegalias e níveis mais elevados de vitamina D, uma possibilidade é que nesse subgrupo de pacientes a presença de atelectasia esteja parcialmente associada à compressão torácica extrínseca. A presença de doença mineral óssea foi elevada ocorrendo em 41,6% dos pacientes, sendo mais frequente a osteopenia (65,0%) do que a osteoporose (35,0%). Os portadores do genótipo 55MM apresentaram contagens mais altas de linfócitos CD8+,ao lado de valores normais de linfócitos CD4+ e CD19+. Conclusão: A ausência de associação entre os níveis séricos de vitamina D, infecções crônicas, doenças autoimunes e osteopenia/osteoporose entre os portadores dos genótipos 55L, 55LM e 55MM, ao lado do aumento de linfócitos CD8+ em portadores do genótipo 55MM, permitem aventar a hipótese de que neste subgrupo depacientes com imunodeficiência comum variável a doença mineral óssea possa ser parcialmente secundária a um distúrbio da imunidade celular |