Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Merli, Laura Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47133/tde-07022013-101626/
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Resumo: |
Na contemporaneidade o modelo tradicional de família cede lugar a múltiplos arranjos familiares, que vêem sendo aceitos e legitimados pela sociedade. Observa-se uma família contemporânea, que sofre com alto número de divórcios e a permanência de uma necessidade das pessoas em continuarem se relacionando. A parentalidade e a conjugalidade encontram-se dissociadas e os papéis feminino e masculino permitem diferentes variações. Esta pesquisa teve como objetivo compreender o estabelecimento da conjugalidade a partir de uma gravidez, buscando refletir acerca da possibilidade de estruturação de um vínculo de casal na interface com o parental, bem como, das influências da transmissão psíquica familiar neste tipo de formação conjugal. Para tanto, a amostragem foi constituída por quatro casais na faixa etária dos 25 aos 35 anos, que estavam casados legalmente ou vivendo juntos por um período mínimo de três anos e máximo de oito anos, relações estas precedidas e determinadas pela concepção do primeiro filho. A metodologia aplicada foi da pesquisa clínico-qualitativa proposta por Turato. Os dados foram coletados através de um roteiro de entrevistas semi-dirigidas e gravadas. Os resultados apontaram a presença de dificuldades na construção e vivência de uma conjugalidade plena e independente da parentalidade, observando-se uma identidade conjugal enfraquecida, em detrimento do exercício da função parental. As famílias de origem exerceram grande influência na estruturação e manutenção da dinâmica conjugal e familiar, os filhos ocuparam o papel de mediadores e mantenedores da conjugalidade, impedindo a construção de um espaço de intimidade do casal, denotando para a impossibilidade dos mesmos em se depararem diretamente com o outro da relação e, por assim dizer, constituírem uma conjugalidade propriamente dita. Acredita-se que a constituição do vínculo conjugal tenha por função manter recalcado a impossibilidade de saírem da posição de filhos e tornarem-se sujeitos de si. Concluiu-se que os participantes da pesquisa, por encontrarem-se ainda muito determinados pelas famílias de origem, reproduzem o modelo tradicional de família sem a possibilidade de exercerem a criatividade permitida pelos novos arranjos contemporâneos |