Análise volumétrica da condição dos seios maxilares, após reabilitação através de implantes zigomáticos: estudo retrospectivo utilizando tomografias feixe cônico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Araújo, Rafael Tajra Evangelista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58136/tde-06102022-114354/
Resumo: A reabilitação da maxila edêntula extremamente atrófica através de próteses implantosuportadas, ainda é um desafio para prática clínica. Apesar de os implantes zigomáticos apresentarem uma alta taxa de sucesso no tratamento dessas situações, algumas alterações sinusais associadas a esse tratamento ainda merecem ser mais bem compreendidas. Para tanto, buscamos avaliar volumetricamente os seios maxilares de pacientes reabilitados com implantes de ancoragem zigomática (IAZ), por meio de tomografias computadorizadas feixe cônico (TCFC), comparando com a permeabilidade do complexo osteomeatal. Dezenove prontuários de atendimento de pacientes foram incluídos no estudo. Todos os pacientes haviam sido reabilitados através da instalação de 4 IAZ (2 em cada lado) pela técnica de Stella e Warner, em dois estágios. As imagens tomográficas estavam salvas em CD´s (Compact Disc) com arquivos em formato DICOM (Digital Imaging and Communications in Medicine), estando anexadas aos prontuários dos pacientes. Foram realizadas mensurações volumétricas (volume aéreo, de membrana, total), bilateralmente, através do software InVesalius 3.1, tanto nos períodos pré-operatórios quanto em períodos pós-operatórios de até 2 anos. A permeabilidade dos óstios em cada lado, também foi avaliada tomograficamente, e comparada com as alterações volumétricas e dados clínicos dos prontuários. Um total de 76 tomografias cone beam foram avaliadas. Foi encontrado de forma estatisticamente significante, que o volume aéreo tende a diminuir até o período pósoperatório de 6 meses, e aumentar nos períodos de pós-operatórios de 1 e 2 anos. O mesmo aconteceu com o volume da membrana, porém de forma inversamente proporcional. Houve uma predileção do aumento volumétrico para com a obstrução do complexo osteomeatal, porém sem que essa situação obrigatoriamente tenha favorecido a episódios de sinusite. Portanto, concluímos que a colocação de 4 IAZ não alterou a fisiologia dos seios maxilares em um período de até 2 anos, não comprometendo a permeabilidade do complexo osteomeatal.