Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Veloso, Verônica Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27155/tde-29082017-143339/
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Resumo: |
A presente pesquisa visa observar o modo de operar da arte contemporânea fundada no caminhar e investigar o quanto ela se faz acessível ao espectador, o quanto ela é inclusiva, relacional e horizontal. Contrariamente a um entendimento de que a arte contemporânea é de difícil acesso, nosso objetivo é relacionar a dissolução de certos estatutos da cena contemporânea com a aproximação do espectador de sua estrutura de funcionamento, a ponto de ele se tornar mais indispensável para sua realização do que o próprio artista. No primeiro capítulo, apresento esse contexto de dissolução (como linhas invisíveis do mapa), inicialmente no campo do teatro e, posteriormente, na configuração das performances, campo no qual as noções de cena, encenação e espectador já não operam. No segundo capítulo apresento o ato de caminhar em relação ao pensar e ao criar; uma prática estética e política a ser desdobrada nos três capítulos seguintes. Desse modo, do segundo ao quinto capítulo observo modalidades do caminhar: passeios, derivas, fugas, perseguições e travessias realizadas por artistas de diversas procedências (do teatro à land art, da dança à arte conceitual, da performance ao real) e, em alguns casos, por espectadores ou passantes. Todas essas ações, sobretudo as performances, resultam em outras materialidades (fotografias, vídeos, desenhos e narrativas) que são igualmente compartilhadas com espectadores ausentes do ato de sua execução. No último capítulo, trato desses rastros ou vestígios - bem como do acesso aos programas dessas ações - como um importante material para os espectadores, que conhecendo os \"modos de fazer\" dessas modalidades artísticas, compreendem seus \"modos de usar\". Assim, caminhar como prática estética configura-se como um ato de transgressão do sistema vigente, uma vez que se trata não apenas de uma ação, mas de uma atitude ao alcance de toda e qualquer pessoa. Ao ocupar o contexto urbano por sua dimensão mais baixa, o chão, o sujeito que caminha experimenta outras formas de sociabilidade e outras configurações para o real, inventando micro-poéticas do devir. |