Efeitos da triagem oportunística no estadio e mortalidade do câncer do colo do útero

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Lugarinho, Priscila Tavares Cruz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17145/tde-23082020-111325/
Resumo: Introdução: O câncer do colo do útero é um grande problema global de saúde pública. As estimativas para 2018 apontaram entre 545.800 a 595.000 novos casos no mundo, com um risco acumulado de 1,36 e mortalidade associada entre 303.900 e 319.000 casos. Existem disparidades significativas na incidência e mortalidade do câncer do colo do útero entre países de alta renda (HICs) e países de baixa e média renda (LMICs). A incidência e mortalidade do câncer do colo do útero foram substancialmente afetadas por programas organizados de triagem. No entanto, em muitos LMICs, a triagem ainda é oportunística. Objetivo: O objetivo desse estudo foi estimar o impacto da cobertura citológica no estadio do câncer cervical e na mortalidade das pacientes, no contexto de triagem oportunística. Métodos: Conduzimos um estudo ecológico. A cobertura do rastreamento do câncer do colo do útero foi estimada usando dados de três pesquisas nacionais (2003, 2008 e 2013). Dados sobre o estadio e sobrevida do câncer do colo do útero foram obtidos no registro do câncer do estado de São Paulo (FOSP). Resultados: No conjunto de dados do FOSP, um total de 30.938 mulheres foram incluídas na análise das tendências de mudança de estadio. Não houve alteração significativa na proporção de tumores in situ durante o período estudado. Entre as variações nas frequências de tumores invasivos, a modificação mais notável foi o aumento da freqüência de tumores distantes ao longo do período. Em uma comparação pareada, o risco de morte por câncer do colo do útero foi semelhante nos quatro períodos (2002-2004, 2005-2007, 2008-2010, 2011-2013). Conclusões: A triagem oportunística é limitada tanto em aumentar a proporção inicial do tumor invasivo do colo do útero quanto em reduzir a mortalidade associada à doença.