Cinema digital: a recepção nas salas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: André, Thiago Afonso de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27161/tde-27092017-112443/
Resumo: Já está completamente consolidada nas cadeias de produção cinematográfica uma esperada \"transição para o digital\". Porém a exibição propriamente dita de filmes na forma digital nas salas de cinema só foi padronizada em 2005, e a mudança ganhou força somente na década de 2010. Essa digitalização da exibição cinematográfica foi incorporada de forma transparente para a maioria dos espectadores de cinema, apesar de suas intricadas especificações técnicas e arranjos econômicos de viabilização das trocas dos equipamentos. Ao mesmo tempo, as tecnologias digitais também proporcionam cada vez mais facilidade para que filmes possam ser assistidos fora das salas de cinema, colocando-as de fato em cheque quando olha-se para o futuro. Este trabalho discute o processo de digitalização da exibição e distribuição cinematográficas, traçando algumas perspectivas sobre por que, mesmo com a digitalização, permanecerão existindo as salas de cinema. É particularmente interessante que, em meio a essa desmaterialização do suporte da cópia, sobressaia exatamente a materialidade que sobrou, a do próprio espaço e disposição da exibição, o espectador na sala de cinema. Essa permanência é apoiada em dois eixos principais. Inicialmente, o fundamental papel econômico das salas nas receitas que movimentam todas as diferentes camadas da produção de filmes. O segundo eixo é do caráter bastante único da imersão presente na sala de cinema. Esta imersão especial, por sua vez, está fundamentada nas características físicas e técnicas dos equipamentos nas salas, que evoluíram para aproveitar diferentes aspectos da percepção humana em seu âmbito individual e coletivo. Combino características tecnológicas dos padrões adotados, elementos da economia do cinema, estudos da percepção e intenções do espectador e resultados recentes da psicologia experimental que corroboram o caráter bastante particular da experiência de assistir a um filme na sala de cinema e indicam sua continuidade.