Padrões de variabilidade espacial e temporal da produção em um pomar jovem de laranja Hamlin

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Parise, Francisco José de Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11143/tde-20200111-132417/
Resumo: Em um pomar jovem de laranja Hamlin, não irrigado, foi realizado um estudo que procurou investigar a potencialidade do levantamento dos padrões de variabilidade espacial e temporal da produção e da resposta espectral das árvores para o gerenciamento localizado da produção. A produção de 1471 árvores foi levantada em dois ciclos sucessivos, 2000/2001 e 2001/2002, e analisada por meio de técnicas geoestatísticas e análise de agrupamentos via lógica fuzzy. 52 árvores distribuídas ao longo de duas transeções foram selecionadas para o levantamento das variáveis área de projeção de copa, volume, altura, densidade foliar, DLLAI, área foliar e resposta espectral. Imagens multiespectrais de alta resolução espacial foram tomadas do pomar em três fases fenológicas distintas: durante a fase de repouso vegetativo, no início da fase de maturação dos frutos e logo após o florescimento do ciclo seguinte. Os índices de vegetação NDVI e SAVI e os níveis de cinza nas faixas do vermelho e do infravermelho próximo foram utilizados nas análises de regressão entre a resposta espectral e as variáveis. Os resultados mostraram que houve dependência espacial nos dois ciclos estudados, com maior dependência no ciclo em que as condições climáticas|) foram adversas. A dependência espacial tendeu a se manter no tempo, a despeito das grandes variações climáticas. Foi possível formar classes distintas de comportamento produtivo em função dos padrões de variabilidade espacial e temporal da produção. No entanto, as classes apresentaram baixa coerência espacial, o que dificulta o gerenciamento localizado da produção em nível de árvores individuais. A despeito disso, a resposta espectral esteve significativamente relacionada às classes formadas. Os parâmetros área de projeção de copa, volume, densidade foliar, DLLAI e área foliar não apresentaram relação significativa com a produção. Por outro lado, apresentaram relação significativa com a resposta espectral. Por sua vez, a resposta espectral apresentou relação significativa com a produção, especialmente, no ciclo em que as condições climáticas foram mais favoráveis. O índice de vegetação NDVI é o que melhor expressa as relações entre resposta espectral, parâmetros biofísicos e produção em pomares jovens de laranja Hamlin. A resposta espectral permitiu avaliar o potencial produtivo das árvores, entretanto, o levantamento de outros fatores, em particular daqueles relacionados ao solo, é recomendável para incrementar as relações. A tomada de imagens multiespectrais voltadas ao gerenciamento localizado da produção, tanto na época anterior, como posterior à fase de desenvolvimento vegetativo apresenta desempenho semelhante.