Caracterização genotípica de cepas de Staphylococcus aureus recuperadas de alimentos, mãos de manipuladores de alimentos e veiculadas por formigas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Mattos, Elaine Cristina de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
PCR
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6135/tde-14042008-161330/
Resumo: A intoxicação alimentar causada por toxinas de Staphylococcus aureus é uma das principais causas de Doenças Transmitidas por Alimentos, principalmente em locais onde se preparam grandes quantidades de refeições, sendo o homem considerado a principal fonte de contaminação dos alimentos por este patógeno, pois de 30 a 50 % das pessoas sadias são portadoras desse microrganismo. O presente trabalho teve como objetivo comparar geneticamente cepas de S. aureus isoladas das mãos de manipuladores de alimentos, com cepas da mesma bactéria, recuperadas de alimentos e veiculadas por formigas. As cepas recuperadas dos manipuladores foram obtidas a partir das mãos destes utilizando-se a técnica de suabe e as cepas recuperadas de alimentos e veiculadas por formigas pertenciam à coleção de culturas do Laboratório de Microbiologia e Biologia Molecular do Departamento de Prática de Saúde Publica da Faculdade de Saúde Publica da USP. Todas as amostras foram submetidas às técnicas de PCR para verificação da presença de plasmídios e do gene sea. As análises microbiológicas revelaram que 18,4% dos manipuladores albergavam S. aureus em suas mãos. A confirmação da espécie aureus por PCR revelou somente 15,4% das cepas recuperadas dos manipuladores e 62,5% e 100% das recuperadas de alimentos e veiculadas por formigas, respectivamente. O perfil plasmidial revelou a existência de 2 grupos de cepas com perfis semelhantes e a PCR para o gene sea, que codifica a produção da enterotoxina SEA, demonstrou sua presença em 78,6% das cepas. A caracterização das cepas por ERIC-PCR evidenciou que todas as cepas apresentaram uma porcentagem de semelhança maior que 84% e que, as cepas de maior similaridade, apresentaram cerca de 90% de semelhança. Conclui-se que é de extrema importância a confirmação da espécie por método molecular, uma vez que este apresenta maior especificidade e sensibilidade do que os métodos microbiológicos; cepas isoladas de manipuladores, alimentos e veiculadas por formigas apresentavam certas semelhanças em relação ao perfil plasmidial, entretanto, a presença de plasmídio não esteve ligada necessariamente à presença do gene sea, normalmente relacionados; a técnica de ERIC-PCR constitui ferramenta importante para caracterização genética de cepas e elucidação de surtos de DTAs.