Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Carmo, Maria Suzana Moreira do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8146/tde-03042008-141223/
|
Resumo: |
O romance Les soleils des Indépendances, de Ahmadou Kourouma suscitou inúmeros estudos críticos desde sua publicação, em 1968, pelas Presses Universitaires du Canada. A despeito da orientação temática ou ideológica dos autores, o romance negro-africano reflete, freqüentemente, os conflitos gerados pela imposição da cultura européia. Os estudos relativos à primeira incursão de Kourouma na literatura apontam, em geral, a introdução de estruturas lógico-cognitivas do pensamento malinké na língua francesa como a efetiva inovação do autor, marcando assim, uma nova orientação na literatura africana. Propondo uma outra via de interpretação à tendência crítica de reforçar os conflitos entre as culturas africana e ocidental, a presente pesquisa tem por objetivo analisar as estruturas de ruptura estética e temática do romance a fim de mostrar como a passagem da tradição à modernidade leva o indivíduo a reorganização de sua identidade. As análises mostraram que, em contraposição à recusa de Fama, personagem principal, em negociar suas pertenças culturais, sua primeira esposa, Salimata, torna-se um exemplo da transculturação, integrando em sua vida quotidiana elementos da modernidade sem, contudo, renunciar ao ideal feminino tradicional. Além dessa composição binária, Papillon, em sua rápida e leve participação na trama, encarna, de maneira subliminar, um traço atribuído por Zygmunt Bauman à modernidade tardia, ou seja, a fluidez dos laços sociais e afetivos dos contatos breves. |