O uso das preposições espaciais do alemão na produção escrita de aprendizes brasileiros da UNESP de Assis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Ranke, Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8144/tde-07092022-182933/
Resumo: Esta dissertação de mestrado analisa o desenvolvimento do sistema das preposições espaciais na aprendizagem de alunos brasileiros de alemão como língua estrangeira. O estudo está baseado em um corpus de dados em língua escrita, levantado nos anos de 1996 a 1998, junto a alunos do curso de graduação em Letras, da UNESP de Assis. Na introdução (capítulo 1), explica-se a motivação do trabalho no contexto da linha de pesquisa Ensino e Aprendizagem do Alemão como Lingua Estrangeira no Brasil, mantida pela Área de Alemão da Universidade de São Paulo. O capítulo 2 resume as abordagens teóricas em que o estudo se apoia, entre elas as teorias da aquisição de línguas estrangeiras, do processamento cognitivo do espaço e da codificação linguística de relações espaciais mediante preposições. No capítulo 3, apresentam-se informações sobre o corpus de dados, os informantes e as condições de ensino/aprendizagem no curso de alemão da UNESP de Assis. Também explicam-se os detalhes do procedimento da análise. Os capítulos 4 e 5 trazem a análise propriamente dita. O capítulo 4 inicia-se com a pesquisa quantitativa das ocorrências de preposições espaciais nos dados. Em seguida, discutem-se, individualmente, todas as preposições encontradas, em relação a seus usos corretos e incorretos. No capítulo 5, as preposições utilizadas pelos informantes de cada ano do curso são agregadas em modelos idealizados dos sistemas provisórios que caracterizam a interlíngua dos alunos nessas etapas. O capítulo 6 interpreta os resultados em relação aos fatores de economia cognitiva, input em sala de aula e interferência da língua materna. O capítulo 7, finalmente, discute o caráter provisório das conclusões do estudo. Os principais resultados são a verificação de um aumento constante do número de preposições espaciais utilizadas pelos informantes, do primeiro ao quarto ano, um aumento da variação no emprego dessas preposições e uma diminuição constante da parcela porcentual de usos incorretos. A análise dos tipos de erros ocorridos sugere a existência de duas fases distintas na aquisição do sistema das preposições espaciais, a saber, uma fase de primeiro contato, caracterizada por uma frequência relativamente grande de erros de simplificação em nível da competência, seguida de uma fase de sedimentação, caracterizada por uma frequência maior de erros de interferência da língua materna. Na primeira fase, o progresso da aquisição mostra-se pela especificidade crescente das oposições semânticas envolvidas em neutralizações, enquanto na segunda, o progresso fica mais nítido na diminuição quantitativa de usos incorretos