A negação sintaticamente explícita em diálogos falados do português e do alemão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1991
Autor(a) principal: Meireles, Selma Martins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8144/tde-07092022-182210/
Resumo: Com o objetivo de estudar comparativamente a negação em português e alemão, foi usado um corpus de língua falada (15% do total de linhas impressas de dois diálogos simétricos entre falantes nativos de cada língua). O teste do x² mostrou não haver diferenças significativas na freqüência de uso de elementos sintáticos negativos com função semântica de negação no português e no alemão. Estabelecemos seis categorias de negação semântica, as quais apresentam uma valorização diferenciada em cada uma das línguas. Em português, há super-valorização da categoria Negação e sub-utilização da negação sintática em categorias que implicam desacordo com o interlocutor. Em alemão, a distribuição pelas várias categorias é bastante homogênea, com pequena predominância da categoria Negação. A nível sintático, em português há grande predominância do operador \"não\" (87,16%), na grande maioria das vezes com uma posição fixa pré-verbal. Em alemão, há equilíbrio entre os elementos \"nein\", \"nicht\" e \"kein\". \"Nicht\" apresenta uma grande mobilidade na sentença (anteposto ao elemento focal, marca o escopo da negação). A partir dos dados obtidos, procuramos identificar possíveis pontos de interferência para falantes brasileiros e alemães com respeito à negação na língua estrangeira