Caracterização imunogênica do domínio B recombinante da proteína E2 de Chikungunya expressa em Escherichia coli

• Ano de defesa: 2021
• Autor(a) principal: Pontes, Rafael de Souza
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Antibodies; Antibody therapy; Anticorpos; Arbovirus; Arbovírus; CHIKV; Terapia de anticorpos
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-11062021-073458/

O vírus Chikungunya (CHIKV) é o agente etiológico da febre Chikungunya (CHIKF), caracterizada por febre, erupção cutânea e artralgia. Parte dos indivíduos infectados progridem para artropatia crônica que pode persistir por anos. Nos últimos surtos foram reportadas complicações neurológicas, como encefalite, encefalopatia com alta mortalidade associada e síndrome de Guillain-Barré. No Brasil o vírus continua em circulação e em 2020 foram reportados mais de 60 mil casos e 14 óbitos. Apesar do interesse crescente nas pesquisas com CHIKV, não há nenhuma vacina ou tratamento específico disponível. O objetivo deste trabalho foi avaliar as propriedades imunogênicas do domínio B da proteína de envelope E2 de CHIKV expressa em sistema procarioto. Para isso, foram realizadas análises do grau de conservação das sequências de aminoácidos das proteínas de envelope do CHIKV e de epítopos de células B que são alvos de anticorpos neutralizantes expostos na superfície viral. As análises apontam para uma epítopo conservado localizado no domínio B da proteína E2 do CHIKV, que foi expressa utilizando a cepa Escherichia coli SHuflle. A estrutura secundária da proteína recombinante foi determinada por dicroísmo circular. Através de ensaio ELISA foi demonstrado a capacidade do soro de camundongos infectados com CHIKV de reconhecer o peptídeo recombinante. A imunização de camundongos Balb/c com o peptídeo recombinante elicitou altos títulos de anticorpos, que quando avaliados pelo teste de redução de plaque foram capazes de reduzir 50% das placas virais. Deste modo, o peptídeo recombinante expresso apresenta potencial para uso no desenvolvimento de vacinas, terapias baseadas em anticorpo e diagnóstico.