Crescimento e queda dos homicidios em SP entre 1960 e 2010. Uma análise dos mecanismos da escolha homicida e das carreiras no crime

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Manso, Bruno Paes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8131/tde-12122012-105928/
Resumo: A tese descreve o processo de crescimento e de queda dos homicídios em São Paulo entre os anos de 1960 e 2010. Com auxílio das ferramentas teóricas da criminologia do desenvolvimento e da teoria de ação situacional, que vem sendo debatida por criminologistas como Wikström, Sampson e Laub, a tese foca a investigação nas escolhas homicidas ao longo desses anos, sempre considerando o contexto em que foram tomadas. Por meio de uma análise qualitativa, a tese tenta demonstrar os mecanismos sociais que causaram o movimento da curva de homicídios na capital e Região Metropolitana de São Paulo. Entre 1960 e 1999, os homicídios cresceram e os casos se concentraram em bairros e cidades das periferias. A partir de 2000, os homicídios começaram a cair quase ininterruptamente em São Paulo. A tese descreve como essas escolhas começam e se multplicam principalmente a partir do momento em que os homicídios passam a ser vistos e praticados como um instrumento de controle por determinados grupos de indivíduos, inclusive pelas autoridades de segurança pública. Depois, a tese descreve o funcionamento do mecanismo multiplicador dos homicídios que passa a funcionar nessas comunidades, onde homicídios provocam novos homicídios. Finalmente, conforme os homicídios se multiplicam, nessas mesmas comunidades, todos passam a perder, inclusive os próprios autores, que se tornam vítimas de vinganças. Quando os homicídios são vistos como ações prejudiciais e incapazes de garantir o controle social, políticas de controle da violência têm maiores chances de serem bem-sucedidas. É o que ocorre em São Paulo.