Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Nunes, Lucas Lobato Acatauassu |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5148/tde-11122019-110315/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) cursa com várias comorbidades, entre elas a anemia, visto que, com a diminuição da função renal há uma queda na produção de eritropoietina (EPO) e ocorrem alterações no metabolismo do ferro (Fe). Nos pacientes em hemodiálise, a prescrição de Fe é indicada para suplementar as necessidades desse elemento mantendo níveis de ferritina superiores a 100 mg/dl e saturação de transferrina maior que 20%. Entretanto, o excesso de Fe, pode gerar Fe livre não ligado a transferrina, e o mesmo se depositar em órgãos como fígado, coração, e medula óssea, com consequente comprometimento da função dos mesmos. Nos pacientes em hemodiálise, o diagnóstico de sobrecarga de Fe, sua significância clínica e decisão terapêutica, tem sido pouco estudados, ao contrário dos pacientes talassêmicos. OBJETIVOS: Avaliar se pacientes em hemodiálise com níveis de ferritina iguais ou superiores a 1000 mg/L cursam com sobrecarga de Fe no tecido hepático, cardíaco e na medula óssea além de comprometerem a densidade e a remodelação óssea. RESULTADOS: Avaliamos 28 pacientes em hemodiálise com média de idade de 55,8±13,1, tempo de hemodiálise de 42,5±26,5 e o uso de ferro no ano anterior a entrada no estudo de 311,5±179,8mg/mês A análise bioquímica evidenciou três pacientes com Hb menor que 9,0mg/dL e 14 com valores acima de 11,5 mg/dL; seis pacientes com SatFe < 30% e 12 pacientes com ferritina > 1500mg/dL; 16 pacientes com PTH < 300pg/mL e oito com > 600pg/dL. A RNM revelou sobrecarga de Fe no fígado e no tecido ósseo de todos os pacientes, mas não no coração. Os níveis de ferritina sérica se correlacionaram com a sobrecarga hepática e óssea. Os resultados da densitometria e da biopsia óssea não foram afetados pela sobrecarga de Fe, no entanto os níveis de Fe sérico se associaram a menor remodelação óssea sugerindo um efeito desse elemento na atividade dos osteoblastos. CONCLUSÕES: Níveis de ferritina sérica elevados se relacionam com o deposito no fígado e na medula óssea, porém não no coração |