Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Bertonsello, Vivianne Rêis |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-25052018-142019/
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Resumo: |
A hiperfosfatemia em pacientes com doença renal crônica pode levar a complicações como o desenvolvimento do distúrbio mineral e ósseo (DMO) e a calcificação de tecidos moles. As estratégias terapêuticas para o controle da hiperfosfatemia na DMO visam à redução da ingestão de fósforo, redução da absorção intestinal por meio de quelantes e remoção por meio da diálise. O objetivo desse estudo foi elaborar e aplicar uma tabela de contagem de fósforo (TCF) para controle da hiperfosfatemia em pacientes em hemodiálise. Foram selecionados 50 pacientes, os quais tiveram o uso de quelantes de fósforo suspenso trinta dias antes do início da intervenção. Foi realizada a avaliação do estado nutricional (EN) por meio da avaliação subjetiva global, índice de massa corporal e coletado dados dietéticos por meio de registro alimentar (RA). Após 30 dias da suspensão do quelante (T0), no final do 1º e 2º mês de intervenção (T1 e T2) foram realizadas coletas de sangue para análise de exames bioquímicos, visando auxiliar na avaliação do EN e observar os níveis séricos de fósforo, cálcio, hormônio da paratireoide (PTH) e produto cálcio-fósforo (CaxP). No T0 os pacientes receberam orientação nutricional por meio da TCF, a qual seguiram por um período de 2 meses, com acompanhamento quinzenal. Ao final do estudo foi realizada nova avaliação do EN e aplicado novo RA. Não foi encontrada alteração nos níveis séricos de fósforo e no produto CaxP ao final da intervenção. Já o cálcio sérico reduziu de T0 para T1 (p=0,05). Quando a amostra foi classificada de acordo com a aderência à TCF, o grupo aderente não apresentou alteração do fósforo e cálcio séricos, porém o produto CaxP do T1 (p=0,05) e T2 (p=0,02) diminuíram em relação ao T0. Já para o grupo não aderente houve aumento de T0 para T2 para o fósforo sérico (p=0,007) e produto CaxP (p=0,03), assim como de T1 para T2 (p=0,05 e p=0,05 respectivamente). O cálcio sérico não se alterou nesse grupo. O PTH aumentou ao final do estudo no grupo total (p<0,001), no aderente (p=0,002) e no não aderente (p=0,002). Não foi observado prejuízo do EN e alteração na ingestão de fósforo segundo o RA após a intervenção. Esse estudo mostrou que a TCF auxilia no controle dos níveis séricos de fósforo, talvez sem a necessidade do uso de quelantes de fósforo ou o uso em doses menores e demonstrou, também, que se for seguida corretamente permite ao paciente o autoajuste da dieta. |