Estudo epidemiológico de doenças infecciosas em anatídeos da Fundação Parque Zoológico de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Corrêa, Sandra Helena Ramiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Zoo
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-10042008-155349/
Resumo: Anseriformes mantidos em lagos de zôos e parques estão sob constante risco de exposição às doenças presentes nas populações de aves migratórias, que dividem com eles o mesmo local durante um determinado período todos os anos. São doenças que podem ter implicações para as aves cativas, para a população humana que tem contato com essas aves e para os plantéis de produção. Assim, ações de vigilância, com o objetivo de detectar rapidamente determinadas doenças, representam alternativas interessantes para se fazer gestão de risco. O objetivo do presente estudo foi pesquisar a presença de agentes etiológicos selecionados na população de Cisnes Negros (Cygnus atratus), mantida nos lagos da FPZSP, visto que essa população tem contato com as seguintes aves migrantes que visitam a FPZSP todos os anos: irerês (Dendrocygna viduata), marreca caneleira (Dendrocygna bicolor) e marreca asa de seda (Amazoneta brasiliensis). Assim, foram colhidos suabes de traquéia e cloaca de uma amostra capaz de detectar doença com prevalência estimada em 1% para um nível de confiança de 95%. Além disso, foi realizado um estudo retrospectivo (2001 a 2006) das principais causas de morte nessa população. As principais causas de mortalidade registradas em 184 registros analisados foram: desvio de tendão extensor tarso-metatarsiano (37, 20,1%), desnutrição (20, 10,9%), problemas hepáticos (17, 9,2%), traumas (15, 8,2%), problemas respiratórios (8, 4,3%), septicemias (6, 3,3%), intoxicações (5, 2,7%) e problemas gastrointestinais (3, 1,6%). Um terço das carcaças (62, 33,7%) foi encontrado em estado de putrefação. A taxa de mortalidade foi decrescente de 2001 a 2006 e apresentou sazonalidade, sendo maior entre os meses de novembro a maio. No momento das coletas, não houve nenhuma evidência clínica ou laboratorial da presença dos seguintes agentes: Pasteurella multocida., Salmonella sp., Chlamydophila psittaci, Orthomixovírus (Influenza Aviária), Paramixovirus (Doença de Newcastle) e Coronavirus (Bronquite Infecciosa).