Estudo epidemiológico com antisséptico oral Phtalox® e a relação com o quadro clínico de indivíduos que apresentam diagnóstico de COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Reia, Verônica Caroline Brito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-13052022-112819/
Resumo: O presente ensaio comunitário quase-experimental, prospectivo e longitudinal tem como objetivo verificar a ação do antisséptico bucal contendo derivado de ftalocianina (ADF) ajustado por fatores sociodemográficos da população participante de um município a partir do diagnóstico confirmado para COVID-19 e tempo de uso da solução; analisar a sobrevida da população em risco e confirmada com diagnóstico de COVID-19 a partir da primeira semana de distribuição do antisséptico bucal; e verificar a redução de risco de COVID-19 em três momentos distintos. A pesquisa foi realizada em um município no interior do Estado de São Paulo contendo 1.251 habitantes. Foram incluídos todos os residentes da zona urbana e rural com até 5 km de distância da cidade, com mais de 10 anos, e excluídos os indivíduos que declararam contraindicações ao uso de antissépticos bucais por razões médicas ou incapacidade de gargarejar e cuspir. A pesquisadora e sua assistente de pesquisa foram a todas as residências dos indivíduos seguindo os critérios de biossegurança e preencheram um questionário estruturado dividido em duas partes: (I) Dados sociodemográficos e (II) Perguntas específicas relacionadas à COVID-19. Posteriormente, os indivíduos receberam dois frascos contendo 600mL de ADF e foram instruídos a utilizar 3mL da solução, alternando entre bochecho/gargarejo durante 1 minuto, de 3 a 5 vezes ao dia, por um período de dois meses. Para comparar as estimativas de redução de risco da doença, foi selecionada uma população controle de outro município demograficamente semelhante, que não recebeu a intervenção com ADF. No município estudado, os indivíduos foram acompanhados por um período de 4 e 6 meses através do sistema eletrônico do Centro de Saúde Municipal e Sistema Estatal de Análise de Dados. Foram realizados testes estatísticos de Regressão Linear Múltipla, Análise de Regressão de Cox e de Risco Relativo (RR). Com um total de 995 indivíduos participantes, o estudo evidenciou os seguintes dados sociodemográficos: indivíduos com grau de instrução ensino médio incompleto, 98/995 (p<0,002), utilizaram o ADF 66,30 vezes mais em relação ao nível superior, e a sobrevida apresentou resultado expressivo em relação ao tempo de uso da solução; cada dia a mais do uso dos ADF pelos indivíduos diminuía as chances de positivar para COVID- 19 em 14,1%. Em diferentes momentos de avaliação, o risco de doença entre as duas populações não diferiu significativamente (p=NS), enquanto na comparação do município teste com o controle, o risco da doença encontrou-se 54% menor no município teste. O grau de instrução dos indivíduos foi o dado sociodemográfico que apresentou resultado expressivo quanto ao tempo de uso da solução ADF e o fator de proteção foi de 14,1% em relação ao tempo de uso diário, sugerindo que a utilização deste antisséptico estudado pode reduzir a incidência de COVID-19 a nível populacional.