Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Gabriel do Nascimento |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-17102024-154431/
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Resumo: |
Alelos específicos do gene APOE são apontados como os principais fatores de risco para a manifestação tardia da doença de Alzheimer (DA). Três alelos funcionais comuns, ε 2, ε 3 e ε 4, diferem-se por duas substituições não sinônimas. A presença do alelo ε 4 confere um risco aumentado para DA, de forma dependente de dose (razão de chances 12,9 para indivíduos homozigotos e entre 3,2 e 4,2 para indivíduos heterozigotos, medidas em europeus). A forma mais prevalente da doença de Alzheimer possui etiologia multifatorial, onde, além de alelos de APOE, diversos fatores genéticos e ambientais influenciam sua patologia. Estudos recentes apontam que a ancestralidade da sequência ligada ao gene APOE modula o risco à doença. Isso sugere que elementos cis regulatórios do APOE interfiram na expressão do gene. A população brasileira resulta de miscigenação entre populações indígenas, africanas e europeias, oferecendo uma oportunidade de estudar os efeitos das diferentes ancestralidades no risco de DA. Assim, o presente estudo teve o objetivo de quantificar, de maneira alelo-específica, os transcritos do gene APOE cerebrais de indivíduos brasileiros com genótipos ε 3/3 e ε 3/4, considerando-se a ancestralidade local do gene, de forma independente de neuropatologia. Amostras de tecido cerebral foram obtidas de bancos de encéfalos e submetidas a RT-qPCR de transcritos do APOE. Identificamos uma expressão heterogênea entre as diferentes ancestralidades, com uma redução relativa na quantificação dos transcritos alelo específicos em indivíduos com alelo ε 3 africano em comparação com a expressão no grupo de indivíduos com alelo ε 3 europeu. Os resultados sugerem o papel de haplótipos específicos para ancestralidades locais na expressão de APOE, potencialmente modificando sua atividade nos tecidos. Este trabalho confirmou uma variação na quantidade de transcritos do alelo APOE 3 em indivíduos de ancestralidades distintas, que deve ser levada em conta como variável para o cálculo de risco genético. |