Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Tomazelli, Caroline Aparecida |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42137/tde-11022019-110721/
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Resumo: |
Inibidores da Na+/K+ ATPase, como a ouabaína (OUA), estão associados à gênese/manutenção da hipertensão arterial (HA). Ratos tratados com OUA ficam hipertensos e suas artérias mesentéricas de resistência (AMR) apresentam disfunção vascular, estresse oxidativo e remodelamento estrutural e mecânico. Modelos de HA dependente de volume, como o DOCA-sal, têm aumento da concentração plasmática de OUA. Interagindo com a Na+/K+ ATPase, a OUA ativa vias de proliferação e fibrose, como a via MAPK, ativada quando da fosforilação da c-Src e do EGFR. A rostafuroxina, antagonista da OUA, reduz a pressão arterial (PA) e melhora a disfunção endotelial em AMR de ratos DOCA-sal. Dados do laboratório (não publicados) mostram que a rostafuroxina reverte o remodelamento mecânico e restaura parcialmente o remodelamento estrutural das AMR de ratos DOCA-sal. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar os mecanismos de sinalização celular envolvidos nas mudanças estruturais e mecânicas das AMR de ratos DOCA-sal tratados com rostafuroxina. Ratos Wistar, uninefrectomizados, foram tratados com injeções subcutâneas de DOCA (em mg/kg/semana: 20 na primeira; 12 na segunda e terceira; 6 da quarta ao fim do experimento) e ingeriram água com NaCl (1%) e KCl (0,2%). Cinco semanas após o início do tratamento, um subgrupo passou a ser tratado, concomitantemente, com rostafuroxina (gavagem, 1mg/kg/dia) por 3 semanas. Ao final do protocolo, os animais foram anestesiados, mortos, as AMR dissecadas e fixadas em paraformaldeído (4%) para as análises histológicas ou armazenadas para Western Blot. Análise estatística aplicada: ANOVA uma ou duas vias. Avaliada por meio da plestismografia de cauda, o tratamento com DOCA-sal aumentou a PA; a rostafuroxina reduziu, mas não normalizou a mesma aos valores do grupo SHAM. A razão de colágeno I/III e a expressão proteica dos mediadores fibróticos TGFβ1 e CTGF foi maior nas AMR dos DOCA, alterações restauradas após tratamento com rostafuroxina. Além do mais, houve aumento da espessura da lâmina elástica interna das AMR dos DOCA, o que foi revertido pela rostafuroxina. A expressão de endotelina-1 foi maior nas AMR tanto dos DOCA tratados ou não com rostafuroxina; a expressão do receptor ETΑ foi reduzida nas AMR de ambos os grupos. Já a expressão do receptor ETΒ foi maior nas AMR dos DOCA quando comparados aos SHAM, sendo normalizada pela rostafuroxina. A expressão de c-SrcTyr418 e EGFR, bem como das enzimas c-RAF, ERK 1/2, p-ERK 1/2 e p38MAPK foi maior nas AMR dos DOCA, sendo restauradas com a rostafuroxina. Os dados sugerem que o remodelamento das AMR do grupo DOCA pode ser atribuído à ação direta da OUA sobre a via fibrótica e sobre a elastina, interferindo na rigidez e no diâmetro interno, e também à sua ação indireta, mediada pela endotelina-1 que, agindo em receptores ETB e transativando o EGFR, ativa a via da MAPK, a qual está associada aos eventos de proliferação e fibrose celular. |