Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Paschoal, Sergio Marcio Pacheco |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-09112001-162639/
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Resumo: |
Viver cada vez mais, desejo da maioria das pessoas, pode resultar numa sobrevida marcada por incapacidades e dependência. O desafio é conseguir uma maior sobrevida, com uma qualidade de vida melhor. Para os profissionais de saúde, que atendem a população idosa, há outro desafio: como medir qualidade de vida, não apenas para fazer um retrato da velhice, mas, principalmente, para avaliar o impacto de tratamentos, condutas e políticas, corrigir seus rumos, alocar recursos e planejar serviços, visando sobrevida melhor. Historicamente, após a Segunda Guerra Mundial, qualidade de vida se tornou um constructo importante, significando melhoria do padrão de vida. Paulatinamente o conceito foi ampliado, englobando o desenvolvimento sócio-econômico e humano e a percepção das pessoas a respeito de suas vidas. Não há consenso sobre seu significado, existindo várias correntes de pensamento, complementares entre si. Além disso, no decorrer do tempo, a forma de avaliação se alterou, passando de uma avaliação baseada em parâmetros objetivos, ou idealizados pelo pesquisador, para outra que valoriza a percepção subjetiva das pessoas. A partir de 1975, avaliações de qualidade de vida vêm sendo gradualmente incorporadas às práticas do Setor Saúde. O número de instrumentos é enorme, poucos especificamente construídos para idosos. No Brasil, os estudos expandiram-se em 1992 e, ultimamente, observamos trabalhos mais consistentes, como tradução, adaptação transcultural e validação de questionários estrangeiros; estudos a respeito de qualidade de vida do idoso são mais raros. Fica evidente a conveniência de se criar um instrumento que meça a qualidade de vida de idosos, valorizando a opinião deles a respeito das questões que consideram importantes. Os objetivos deste trabalho foram: delinear procedimentos necessários, para elaborar instrumento de avaliação da qualidade de vida de idosos e definir, a partir de investigação preliminar, os itens que constituirão lista a ser utilizada em etapa futura para elaboração efetiva do instrumento. Para isto, assumiu-se como referência uma metodologia consagrada na literatura médica, adaptada a nossos propósitos. Na primeira etapa elaborou-se lista preliminar de itens, testada através de investigação preliminar. Essa lista foi gerada a partir de três fontes: revisão das respostas a questionário anterior, revisão de outros instrumentos da literatura e nossa prática no atendimento. A investigação preliminar teve três fases, a primeira, espontânea, onde o entrevistado apontou itens por ele considerados relevantes para uma boa e má qualidade de vida, a segunda, estimulada, onde identificou a relevância dos demais itens da lista preliminar e, por fim, avaliou a importância (Likert) dos itens considerados relevantes. A análise dos procedimentos mostrou que a metodologia é viável. Entrevistou-se 19 idosos, nove homens e dez mulheres. As medianas encontradas foram: 82 minutos de duração da entrevista, variando de 56 a 118; 13 itens relatados espontaneamente, variando de 4 a 21; quatro itens não-entendidos, variando de 0 a 9; cinco itens excluídos, variando de 0 a 21. As recusas à participação foram de idosos dependentes; na verdade, recusa dos acompanhantes. Dois itens sugeridos na fase espontânea foram incorporados e se eliminou um item considerado redundante. Fez-se nova redação para onze itens não-compreendidos. Todos os itens excluídos serão mantidos para a próxima etapa. A escala de Likert necessitará de reformulação. Numa etapa posterior, a lista de itens, agora modificada, será reduzida através de duas técnicas, impacto clínico e análise fatorial. A distribuição dos itens resultantes em dimensões comporá o instrumento, cujo formato já está desenhado: Satisfação de Vida, Qualidade de Vida Idealizada e Qualidade de Vida Real. |