Habitação e cotidiano na Gleba Palhano - Londrina-PR

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Audibert, Esther Encinas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/102/102132/tde-28092022-120215/
Resumo: Pensar a cidade supõe compreender processos e relações sociais no tempo e no espaço e reconhecer a dimensão determinante do sistema econômico em suas conformações contemporâneas. A presente pesquisa enquadra-se nessa temática, junto às investigações realizadas sobre os processos de crescente mercadorização da vida e seus impactos na produção urbana, tomando como objeto empírico a Gleba Palhano, localizada na zona sudoeste da cidade de Londrina PR. A Palhano começou a se consolidar somente a partir da década de 2000 apresentando uma hegemonia da forma condomínio como modo de vida e pode ser associada às expressões do boom experimentado pelas metrópoles brasileiras com a ascensão das políticas neoliberais de abertura aos investimentos no setor imobiliário. A zona destacou-se por seu crescimento acelerado e o apelo do mercado imobiliário colocou como primordial a localização, objeto de grande valorização fundiária, de forma que atualmente é a região mais valorizada da cidade. Partindo da hipótese de que o espaço urbano da Gleba Palhano, produzido como mercadoria ampliando a segregação socioespacial, tem redefinido o modo de vida urbano e as relações entre os habitantes e dos habitantes com esse espaço, a pesquisa objetiva identificar as consequências urbanas do processo de produção dessa área tanto no ambiente físico construído, quanto no cotidiano de seus moradores. As novas conformações urbanas e formas de uso desenhariam um cotidiano que aponta para a diminuição das relações de vizinhança, privatização da vida coletiva e considerável rotatividade da unidade habitacional. A investigação se deu sob o método de Pesquisa de Campo (Qualitativa), somadas algumas incursões de caráter etnográfico, utilizando como ferramentas o levantamento bibliográfico de natureza conceitual, levantamento documental principalmente junto aos órgãos públicos e grande imprensa, entrevistas semi-estruturadas com moradores e com o secretário da Associação de Condomínios da Gleba (ConGP) e observações no campo. Essa pesquisa vem, então, questionar a atuação seletiva e excludente da produção urbana e especialmente da oferta da habitação no Brasil, e de igual forma em Londrina-PR, dialogando acerca da complexidade do urbano, das estruturas definidoras do espaço, das especificidades da produção da Gleba e das experiências urbanas que entremeiam toda a diversidade de agentes e atores.