Satisfação profissional entre enfermeiras de UTI: adaptação transcultural do Index of Work Satisfaction (IWS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1999
Autor(a) principal: Lino, Margarete Marques
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7138/tde-12112004-163915/
Resumo: Satisfação profissional é um fenômeno complexo e multivariado, vivenciado pelos indivíduos como um estado comportamental derivado de fontes internas e externas. Considerando o ambiente das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) como fontes geradoras de estímulos externos - positivos e negativos, é essencial uma investigação sistemática para examinar o nível de satisfação das enfermeiras de terapia intensiva em relação ao seu contexto de trabalho. Para atender a essa proposta, o objetivo desse estudo foi adaptar o Index of Work Satisfaction (IWS) - Índice de Satisfação Profissional (ISP) para a cultura das enfermeiras brasileiras de terapia intensiva e identificar seu nível de satisfação profissional. O ISP compreende uma escala de 44 ítens que mede o nível atual de satisfação profissional e comparações pareadas que medem a importância relativa de seis componentes de satisfação profissional: autonomia, interação, status profissional, requisitos do trabalho, normas organizacionais e remuneração. A estrutura metodológica que orientou o estudo baseou-se nas diretrizes de adaptação e validação transcultural de medidas, como propostas pela literatura. A abordagem metodológica compreendeu um comjunto de etapas padronizadas para atingir equivalência idiomática, cultural e conceitual, e para avaliar as propriedades psicométricas do instrumento adaptado, pelo uso de traduções, re-tradução, revisões por especialistas e testes estatísticos. A validade aparente e de conteúdo da versão traduzida do ISP foi analisada através dos julgamentos de especialistas, sustentando sua adequação. A amostra do estudo consistiu de 84 enfermeiras representando oito UTIs, que responderam a um questionário específico para o alcance dos objetivos. Os dados analisados nesse estudo foram provenientes de 70 questionários utilizáveis. A maioria das respondentes era do sexo feminino (90.0%). A idade média foi 30,42 anos e o tempo médio de experiência em UTIs foi de 5,49 anos. Após a eliminação de cinco ítens da escala total, o coeficiente alfa de Cronbach indicou uma confiabilidade de 0,74 e o tau de Kendall entre o escore total ponderado e o escore não ponderado foi de 0,98. As enfermeiras de terapia intensiva classificaram a importância dos componentes de sua satisfação profissional: autonomia, remuneração, interação, requisitos do trabalho, status profissional e normas organizacionais, do mais importante para o menos importante. Os níveis atuais de satisfação profissional classificados de acordo com os componentes da escala, do mais satisfatório para o menos satisfatório, foram os seguintes: status profissional, interação, autonomia, requisitos do trabalho, normas organizacionais e remuneração. Houve, portanto, dissonância entre o nível de importância atribuído e o nível de satisfação percebido. A abordagem metodológica utilizada assegurou que o instrumento traduzido mantivesse a equivalência com o original e preservasse suas propriedades de medida. Possibilitou, também, obter informações valiosas relacionadas ao nível de satisfação profissional das enfermeiras brasileiras de terapia intensiva.