Efeitos de uma intervenção cognitivo-comportamental sobre fatores de risco e qualidade de vida em pacientes cardíacos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Vilela, Juliana Camargo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-19052008-155805/
Resumo: As doenças cardiovasculares se apresentam como uma das principais causas de morte e incapacidade na atualidade. Tais alterações compreendem a doença arterial coronariana ou isquêmica e apresentam etiologia multi-fatorial. No presente estudo objetivou-se avaliar os efeitos de uma intervenção cognitivo-comportamental sobre a qualidade de vida, sintomas depressivos, ansiosos e sob fatores de risco em pacientes isquêmicos que haviam apresentado um episódio agudo da doença nos últimos três meses. Participaram do estudo 71 pacientes, os quais foram divididos em dois grupos; controle (n=35) e experimental (n=36) e avaliados em três momentos: logo após o primeiro contato com pesquisadora; após 14 semanas (reavaliação) e depois de seis meses (seguimento). Nas avaliações os pacientes responderam a uma entrevista estruturada, ao Inventário de qualidade de vida da Organização Mundial de Saúde (WHOQUOL), ao Inventário de depressão de Beck (BDI) e ao Inventário de ansiedade de Beck (BAI). O grupo experimental foi submetido a um programa de intervenção cognitivo-comportamental, entre as duas primeiras avaliações. Este programa foi estruturado em oito sessões grupais semanais, com duração de duas horas cada. Durante as sessões foram trabalhadas técnicas de manejo de ansiedade, relaxamento e visualização, técnicas de resolução de problemas e discutidas informações sobre a doença cardíaca e seus fatores de risco (psicoeducação). Dentre os participantes, a maioria era do sexo masculino, tinham mais de 55 anos, era casada, haviam estudado por um período máximo de dez anos e se encontravam aposentados. Com relação aos dados sociodemográficos, não foram encontradas diferenças estatísticas entre os dois grupos. Verificou-se uma diminuição significativa do peso corporal e do índice de massa corpórea dentre os sujeitos do grupo experimental no decorrer das avaliações, bem como um aumento no número de atividades de lazer. Os resultados sugerem ainda uma diminuição dos sintomas depressivos dos pacientes do grupo experimental em relação aos do grupo controle, na reavaliação e no seguimento, e uma melhora na qualidade de vida do grupo experimental no decorrer das progressivas avaliações, o que não foi observado com relação ao grupo controle. Considera-se que o programa de intervenção cognitivo-comportamental apresentou resultados positivos na reabilitação de pacientes isquêmicos e na prevenção secundária da doença arterial coronariana, promovendo alterações físicas e emocionais importantes.