Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Soares, Moisés Julierme Stival |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-12062017-092906/
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Resumo: |
A dissertação estuda a relação das políticas patrimoniais do Centro Antigo de Curitiba com o processo de planejamento urbano da capital paranaense. O período estudado parte da elaboração de planos urbanísticos pelos arquitetos Jorge Wilheim, Jaime Lerner, Cyro Corrêa Lyra e por urbanistas do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), entre 1965 e 1970, e se estende até a implantação dos planos durante as duas primeiras gestões de Jaime Lerner como prefeito, entre 1971e 1983. É nesse contexto que o Centro Antigo de Curitiba passa por revitalizações e ações de reconhecimento e proteção do seu patrimônio urbano, como: a criação do Setor Histórico de Curitiba e o tombamento da Paisagem Urbana da Rua XV de Novembro; e ainda intervenções viárias, de pedestrianização, e de revitalização, as quais visavam introduzir usos voltados ao turismo, cultura e lazer. Tais intervenções foram executadas em um cenário político e econômico favorável a grandes obras urbanísticas, durante o Regime Militar, as quais foram caracterizadas pela utilização de diversas estratégias políticas, técnicas e de city-marketing, com o intuito de atrair investidores, indústrias e turistas para dinamizar a economia do município. Ao longo dessa trajetória, porém, diversas tensões, contradições e conflitos são evidenciados, como a exclusão de bens e áreas importantes para a história da cidade do perímetro de proteção do Setor Histórico; demolições e alargamentos viários; a remoção de usos populares e moradores das áreas revitalizadas; e ainda os fortes embates com a população local. Empreendemos, então, nossos esforços para compreender, analisar e discutir essas questões, apoiando-se fortemente na revisão bibliográfica de autores da historiografia da preservação do patrimônio cultural e do planejamento urbano, em fontes primárias de documentos e em entrevistas com alguns dos principais agentes envolvidos. Desse modo, a pesquisa se insere no âmbito das discussões relativas à preservação de conjuntos históricos no Brasil, e proporciona uma contribuição especial para a avaliação da articulação entre as políticas patrimoniais e o planejamento urbano no contexto brasileiro. |