Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Weissheimer, Maria Regina |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-08122023-121403/
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Resumo: |
A presente tese tem como objeto o patrimônio urbano no Brasil e suas abordagens pelos órgãos de preservação, notadamente o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Concebido no início do século XX, o conceito de patrimônio urbano nasceu como reação às grandes transformações urbanas sentidas no mundo ocidental desde a Revolução Industrial e, com grande ênfase, após a Segunda Guerra Mundial. Mas, se no século passado, a preservação do patrimônio urbano era uma ação de combate a transformações, grandemente alicerçada na ideia de cidade como obra de arte, um dos maiores desafios da preservação na atualidade é reconectar os sítios históricos às funções urbanas do cotidiano, permitindo que sejam partes integrantes de cidades vivas. A análise dos dados empíricos dos censos de 2000 e 2010 sobre 63 conjuntos históricos urbanos brasileiros, 61 dos quais tombados pelo Iphan, demonstra um cenário geral preocupante, de perdas de moradores, altos índices de vacância, empobrecimento e envelhecimento da população residente e transformações funcionais que problematizam as abordagens tradicionais da preservação, ainda alicerçadas numa visão fragmentada, formalista e idealizada das paisagens urbanas. A pesquisa apresenta, assim, a necessidade urgente de revisão conceitual e instrumental da preservação do patrimônio urbano no Brasil, onde ainda inexiste uma política de preservação verdadeiramente estruturada. Na cena internacional, apesar dos avanços, a pauta da preservação urbana segue em discussão, e uma nova abordagem enunciada através do conceito de paisagem urbana histórica também tarda a se consolidar, demonstrando que as atualizações são, de fato, um grande desafio da atualidade. Para isso, se propõe a rediscussão de conceitos como espírito dos lugares, autenticidade e gentrificação, com a inclusão do valor de uso como questão central para a preservação urbana. Os capítulos são permeados com exemplos internacionais (Liverpool, Paris, Veneza, Nova Iorque, dentre outros) e nacionais (Paraty, Ouro Preto, Recife e Florianópolis) que ilustram os desafios e pautas de rediscussão necessárias nos mais variados contextos. Ao final, sugere-se repensar perguntas, permitindo novas respostas que atendam ao desafio de preservar transformando. |