Avaliação ecotoxicológica da Represa da Pampulha (MG) e de seus principais tributários

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Vargas, Giselle Paulino Lopes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18139/tde-01122016-120902/
Resumo: A represa da Pampulha está inserida em uma grande área de lazer da cidade de Belo Horizonte/MG, exercendo sérios problemas ambientais incluindo a eutrofização e contaminação da água. O presente estudo visou avaliar a qualidade da água e sedimento do sistema e complementar os programas de monitoramento, que até então, não tinham um abordagem ecotoxicológica. Para tanto, foram realizadas 4 coletas no período de um ano, em 7 pontos de amostragem distribuídos na represa da Pampulha, nos seus principais tributários, os córregos Sarandi e Ressaca e um ponto referência na nascente do córrego Olhos d\'Água. Foram analisadas as variáveis limnológicas ( temperatura, oxigênio dissolvido, pH, condutividade, nutrientes totais e dissolvidos; granulometria e matéria orgânica do sedimento) e as concentrações de metais totais na água e metais biodisponíveis no sedimento, além da realização de bioensaios de toxicidade aguda com amostras de água e sedimento, utilizando os cladóceros similis, Ceriodaphnia dubia e Ceriodaphnia silvestri como organismos-teste. Os resultados obtidos para as variáveis limnológicas demonstraram estratificação térmica na represa da Pampulha e anoxia dos córregos Sarandi e Ressaca. As altas concentrações das formas fosfatadas e nitrogenadas conferiram ao sistema características de ambientes eutróficos e os valores encontrados para metais pesados demonstraram que os ambientes estudados encontram-se fora dos padrões fixados pela resolução CONAMA/86 para águas classe 2. Os bioensaios de toxicidade aguda com amostras de água permitiram detectar que os tributários da represa da Pampulha estão altamente contaminados, incluindo-se, o ponto 7, considerado a princípio, como ponto controle. As amostras de sedimento também apresentaram efeito de toxicidade aos organismos-teste, indicando que o compartimento sedimento da represa encontra-se mais contaminado do que o compartimento água.