Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Nahas, Patricia Viceconti |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-08032016-151656/
|
Resumo: |
A tese \"Antigo e novo nas intervenções em preexistências históricas: a experiência brasileira (1980-2010)\", vem pautada na reflexão dos recentes diálogos entre antigo e novo, permanência e inovação, preservação e mudança, que fazem parte do cenário da produção arquitetônica contemporânea em que se assiste, cada vez mais, edifícios antigos tornaremse parte de uma nova história da cidade. Observa-se que o que deveria ser exceção tornou-se prática constante no cenário da arquitetura atual: em um monumento de valor histórico e artístico nem sempre se tem como objetivo, em uma intervenção, preservar o seu protagonismo e transmiti-lo em sua essência para o futuro; nem sempre seus valores estéticos e suas características históricas são respeitados; nem sempre a intervenção tem como foco o monumento, mas sim a projetação do novo associada a ele. E o que deveria ser a prática usual virou exceção. Cada vez mais encontramos intervenções na preexistência que se distanciam do rigor metodológico do restauro. Com variadas denominações - restauro, reabilitação, readequação, revitalização, reciclagem -, as ações de intervenção operam sempre com a dimensão do tempo: o tempo de vida do monumento; o tempo durante o qual ele foi submetido à degradação; as sucessivas camadas de tempo que a ele foram acrescentadas pelas transformações por que passou; e o tempo que lhe resta como monumento vivo. A fim de esclarecer essas e outras questões decorrentes dessa abordagem, busca-se investigar como se articulam as premissas teóricas e os critérios de projeto adotados nas intervenções em edifícios de valor histórico e artístico - onde julgamos encontrar-se o cerne do problema - a partir do pensamento italiano de restauro, tendo como base, em especial, os princípios da Carta de Veneza para a análise das características e dos procedimentos utilizados nas intervenções sobre preexistências históricas no Brasil nas últimas décadas. Foram estabelecidas oito tendências de intervenção mais recorrentes em um conjunto de obras analisadas, criando-se grupos com características semelhantes entre si, não totalmente rígidos e fechados, mas que, de alguma forma, pudessem facilitar a leitura das obras e caracterizar o panorama de intervenções no Brasil em relação ao campo disciplinar de restauro. Pretende-se promover a reflexão sobre esse tipo específico de produção ainda recente no Brasil e avaliar como essas intervenções se aproximam, ou não, do campo disciplinar de restauro. Portanto, tomando como referência uma série de obras pré-selecionadas, a intenção deste trabalho é averiguar as posturas, as características e os procedimentos que têm direcionado as intervenções em preexistências históricas no Brasil. O objetivo é analisar as escolhas feitas, verificando quais as tendências e posturas recorrentes e como elas dialogam com os procedimentos atuais sobre o restauro no campo internacional. Procurou-se avaliar a postura e procedimento de projeto a partir da excepcionalidade do monumento como objeto isolado e em seu contexto urbano, a sua função original, a sua destinação de uso, seus aspectos simbólicos e seus detalhes significativos. Dessa forma, foi possível aprofundar o estudo e caracterização de cada uma das tendências de intervenção. Para compreender o cenário brasileiro no que diz respeito à valorização de seu patrimônio e a materialização de quais valores, quais critérios e como os desafios da intervenção e conservação dos monumentos preexistentes são consumados na prática e, principalmente, como a palavra \"restauro\" vem sendo empregada na atualidade, foram analisadas, a partir de uma amostragem reduzida, 32 estudos de caso. |